Além dos estímulos monetários, a Zona Euro precisa também de estímulos orçamentais, da Alemanha, por exemplo?
É difícil ver a Alemanha a adoptar estímulos orçamentais, apesar da Zona Euro ser uma região em que isso é necessário. Já nos EUA não vejo que isso seja necessário. Muitos estímulos orçamentais nesta fase do ciclo resultariam num cenário de expansão e quebra que poderia ser o gatilho para uma disrupção nos mercados. Mas na Zona Euro, dados os problemas estruturais, os estímulos orçamentais poderiam ajudar. No entanto, teriam de ser combinados com reformas estruturais. Neste ponto, Portugal e Espanha têm liderado e as reformas estruturais estão a mostrar resultados.
Em Portugal a economia está a recuperar. A nível político há discussão entre o actual e o anterior governo sobre de quem é o mérito. Questões políticas à parte, como avalia a evolução da economia portuguesa?
Penso que a recuperação a que temos assistido é fruto das reformas estruturais. E não há dúvida que demoram anos a ter efeito. Podem levar até seis anos se olharmos, por exemplo, para o tempo em que as reformas no mercado de trabalho na Alemanha demoraram a ter efeito. E agora acontece o mesmo em Portugal e Espanha. Portugal beneficia também de uma recuperação mais sincronizada na Zona Euro. E a política do BCE foi crucial para gerar esta recuperação.
As obrigações portuguesas têm tido bom desempenho apesar das menores compras do BCE...
Há quem tenha a perspectiva de que à medida que o BCE for reduzindo as compras, Portugal se torne mais vulnerável. Mas não penso assim. Dependerá do enquadramento económico e, devido às reformas, penso que Portugal está bem posicionado. Mas ainda há cepticismo sobre o que pode ser feito a nível europeu devido ao Brexit e ao aumento do populismo. E existem preocupações sobre o risco italiano e um potencial contágio a Portugal quando Itália decidir ir a eleições.
Segundo o matreiro Costa e a pandilha, isso não é verdade. Como verdadeiros alquimistas, e vendedores da banha da cobra, alegam ter encontrado um solução miraculosa!! Nada mais longe da realidade, e apenas para consumo interno. Apenas para satisfazer a sua clientela habitual, e os BOYS sedentos de JOBS. Mas até a base eleitoral de apoio exibiu nas últimas eleições um verdadeiro cartão laranja (algo entre o amarelo e o vermelho). A única forma de justificar a sua tomada ao poder era precisamente desfazer algumas dessas reformas. "Amigo toma lá mais uma dose.. e esquece a cura". É uma questão de tempo até voltarmos ao mesmo buraco de onde agora saímos. Basta encontrarem-se reunidas, novamente, as condições necessárias.
E assim Portugal contraria o seu próprio conhecimento popular. Parece que nem à terceira vez aprendemos algo..E claro a dívida essa continua a galopar, o povo a ser mais taxado (ao contrário do que diz o alquimista chefe). Mas o povo anda entretido..
O que são reformas estruturais? - medidas para lixar e surripiar os rendimentos do povo enquanto as elites empresariais e político administrativas enriquecem cada vez mais, Pelo meio andam gestores e comentadores a viverem da babuge e a alimentarem a opinião pública com a ideologia adequada.
Quais? O Sr. Jornaleiro, e a senhora pseudo economista, podem me dizer Uma reforma estrutural destes últimos 6 anos? Se por milagre encontrar algo a que chame isso, pode-me demonstrar os efeitos da mesma? Estão brincar aos economistas, aos videntes, pessoas que nunca meteram a mão a obra nem ideia t
O maior processo de substituição de factor produtivo trabalho por factor produtivo capital da história da humanidade está-se a dar no mundo desenvolvido. Certos países podem, artificialmente, de modo fantasioso e inconsequente, atrasá-lo temporariamente a nível interno decretando aumentos salariais muito acima do preço de mercado e instituindo arranjos laborais intocáveis para toda a vida. A consequência disso será o aumento insuportável do endividamento excessivo e da carga tributária, que incidirão negativamente sobre o nível e qualidade de vida de toda ou uma grande parte da população adulta actual e futura, elevando o atraso e os níveis de iniquidade e insustentabilidade nesses países para patamares indecorosos dignos dos Estados falhados do chamado Terceiro Mundo.
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Além dos estímulos monetários, a Zona Euro precisa também de estímulos orçamentais, da Alemanha, por exemplo?
É difícil ver a Alemanha a adoptar estímulos orçamentais, apesar da Zona Euro ser uma região em que isso é necessário. Já nos EUA não vejo que isso seja necessário. Muitos estímulos orçamentais nesta fase do ciclo resultariam num cenário de expansão e quebra que poderia ser o gatilho para uma disrupção nos mercados. Mas na Zona Euro, dados os problemas estruturais, os estímulos orçamentais poderiam ajudar. No entanto, teriam de ser combinados com reformas estruturais. Neste ponto, Portugal e Espanha têm liderado e as reformas estruturais estão a mostrar resultados.
Em Portugal a economia está a recuperar. A nível político há discussão entre o actual e o anterior governo sobre de quem é o mérito. Questões políticas à parte, como avalia a evolução da economia portuguesa?
Penso que a recuperação a que temos assistido é fruto das reformas estruturais. E não há dúvida que demoram anos a ter efeito. Podem levar até seis anos se olharmos, por exemplo, para o tempo em que as reformas no mercado de trabalho na Alemanha demoraram a ter efeito. E agora acontece o mesmo em Portugal e Espanha. Portugal beneficia também de uma recuperação mais sincronizada na Zona Euro. E a política do BCE foi crucial para gerar esta recuperação.
As obrigações portuguesas têm tido bom desempenho apesar das menores compras do BCE...
Há quem tenha a perspectiva de que à medida que o BCE for reduzindo as compras, Portugal se torne mais vulnerável. Mas não penso assim. Dependerá do enquadramento económico e, devido às reformas, penso que Portugal está bem posicionado. Mas ainda há cepticismo sobre o que pode ser feito a nível europeu devido ao Brexit e ao aumento do populismo. E existem preocupações sobre o risco italiano e um potencial contágio a Portugal quando Itália decidir ir a eleições.
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