Há alguns anos era um pessimista sobre o futuro da Europa. Como vê a situação europeia actual?
Não vejo um futuro para o euro que não envolva maior integração orçamental,
Hoje em dia a UE já faz transferências e concede ajudas e financiamentos aos Estados-Membros menos ricos e desenvolvidos. No futuro, com uma UE federal com um orçamento maior e mais competências políticas a nível federal, mais direitos (como mais transferências para os Estados e economias que têm menos, e mais e melhor cidadania europeia) implicarão ainda mais deveres (como reformas adequadas feitas na íntegra e de forma atempada) para cada Estado-Membro. Esses deveres, tantas vezes referidos por instituições como a Comissão Europeia, o FMI e a OCDE de forma quase informal e geralmente inconsequente, hoje em dia não são cumpridos. Com uma UE federal existirão meios e ferramentas para que as reformas, os deveres, avancem no seu tempo e Estados-Membros como Portugal e a Grécia não se desleixem e atrasem tanto por força dos seus políticos eleitoralistas mais irresponsáveis, dos seus sindicalistas chantagistas mais fundamentalistas e dos seus banqueiros criminosos mais extorsionários.
POUCO COMUM É APLICAR LEIS DO FASCISMO EM DEMOCRACIA
OS TUGAS SÓ SABEM FALAR NA MESA DO CAFÉ
Isto de ajudas e perdão e transferências nem sempre funciona depende do rigor do governante Se vai utilizar esse dinheiro para comprar votos é perda de tempo .
O Plano Marshall teve 13 000 milhões de dólares a época foram os ingleses e os franceses que mais receberem muitos menos a Alemanha e a Itália Mas os resultados foram inversos sucesso absoluto na Alemanha e Itália A UK era os que mais recebia e era o que tinha piores resultados .
Nunca acreditei no dinheiro dos outros defendo se os alemães cá colocarem dinheiro sejam eles a mandar .
Rogoff é co-autor de um estudo que conclui que economias sujeitadas a dívidas públicas excessivas em relação ao nível de criação de valor que conseguem alcançar empobrecem, atrasam-se e perdem autonomia com todos os graves danos para a sociedade que essa situação implica em termos de equidade. Ele sabe do que fala quando fala de dívida pública. Do mesmo modo e seguindo as mesmas conclusões e linha de pensamento, ele defende maior flexibilidade das regras laborais, combate ao excedentarismo, a criação de uma sociedade sem numerário e a reformulação do sistema público de prestações sociais que actualmente é insustentável porque se tornou num esquema em pirâmide. https://www.project-syndicate.org/commentary/dangers-of-paper-currency-by-kenneth-rogoff-2016-09
Hoje em dia a UE já faz transferências e concede ajudas e financiamentos aos Estados-Membros menos ricos e desenvolvidos. No futuro, com uma UE federal com um orçamento maior e mais competências políticas a nível federal, mais direitos (como mais transferências para os Estados e economias que têm menos, e mais e melhor cidadania europeia) implicarão ainda mais deveres (como reformas adequadas feitas na íntegra e de forma atempada) para cada Estado-Membro. Esses deveres, tantas vezes referidos por instituições como a Comissão Europeia, o FMI e a OCDE de forma quase informal e geralmente inconsequente, hoje em dia não são cumpridos. Com uma UE federal existirão meios e ferramentas para que as reformas, os deveres, avancem no seu tempo e Estados-Membros como Portugal e a Grécia não se desleixem e atrasem tanto por força dos seus políticos eleitoralistas mais irresponsáveis, dos seus sindicalistas chantagistas mais fundamentalistas e dos seus banqueiros criminosos mais extorsionários.
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