A Casa Branca defendeu, horas depois, a sua decisão de suspender as negociações, acusando Moscovo de tentar bombardear civis "até à submissão".
"A paciência de todos com a Rússia esgotou-se, já não há mais nada de que os Estados Unidos e a Rússia possam falar" sobre a Síria, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, classificando isso como "trágico".
A Rússia "não conseguiu respeitar os seus próprios compromissos", nomeadamente humanitários, e foi "incapaz de garantir" que o regime sírio cessasse os bombardeamentos, como acordado a 9 de Setembro, explicou o porta-voz do departamento de Estado norte-americano, John Kirby, em comunicado.
"Pelo contrário, a Rússia e o regime sírio escolheram prosseguir uma via militar", frisou o representante da diplomacia norte-americana, acrescentando que "não se tratou de uma decisão tomada de ânimo leve".
O secretário de Estado, John Kerry, alimentava há meses a esperança de trabalhar com a Rússia para encontrar uma solução para a guerra na Síria.
Os Estados Unidos indicaram também que desistem de ter um centro de coordenação militar conjunto com a Rússia para combater os grupos jihadistas, uma medida que também estava prevista no acordo russo-norte-americano firmado em Setembro.
Em consequência, "vão retirar o seu contingente que tinha sido destacado com vista à eventual criação" desse centro, segundo o departamento de Estado.
O Pentágono precisou hoje, contudo, que os contactos entre os dois países vão, apesar de tudo, continuar em matéria de "distensão", ou seja, para evitar um incidente entre os respectivos contingentes aéreos.
A Rússia e os Estados Unidos acusam-se mutuamente de serem responsáveis pelo fracasso da trégua, depois de os ataques aéreos russos e sírios sobre a parte rebelde de Alepo terem sido retomados em força há 11 dias. Tais 'raids' destruíram hoje totalmente o maior hospital daquele sector rebelde.
Moscovo "lamenta" suspensão de negociações
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo lamentou entretanto a decisão dos Estados Unidos de suspender as negociações, afirmando que Washington está a tentar atribuir a responsabilidade do fracasso a Moscovo.
"Lamentamos esta decisão de Washington", disse a porta-voz do ministério, Maria Zakharova, citada pelas agências noticiosas russas, acrescentando que os Estados Unidos, "depois de falharem no cumprimento dos acordos que eles mesmos negociaram, estão a tentar atribuir a culpa do fracasso aos outros".
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A Casa Branca defendeu, horas depois, a sua decisão de suspender as negociações, acusando Moscovo de tentar bombardear civis "até à submissão".
"A paciência de todos com a Rússia esgotou-se, já não há mais nada de que os Estados Unidos e a Rússia possam falar" sobre a Síria, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, classificando isso como "trágico".
A Rússia "não conseguiu respeitar os seus próprios compromissos", nomeadamente humanitários, e foi "incapaz de garantir" que o regime sírio cessasse os bombardeamentos, como acordado a 9 de Setembro, explicou o porta-voz do departamento de Estado norte-americano, John Kirby, em comunicado.
"Pelo contrário, a Rússia e o regime sírio escolheram prosseguir uma via militar", frisou o representante da diplomacia norte-americana, acrescentando que "não se tratou de uma decisão tomada de ânimo leve".
O secretário de Estado, John Kerry, alimentava há meses a esperança de trabalhar com a Rússia para encontrar uma solução para a guerra na Síria.
Os Estados Unidos indicaram também que desistem de ter um centro de coordenação militar conjunto com a Rússia para combater os grupos jihadistas, uma medida que também estava prevista no acordo russo-norte-americano firmado em Setembro.
Em consequência, "vão retirar o seu contingente que tinha sido destacado com vista à eventual criação" desse centro, segundo o departamento de Estado.
O Pentágono precisou hoje, contudo, que os contactos entre os dois países vão, apesar de tudo, continuar em matéria de "distensão", ou seja, para evitar um incidente entre os respectivos contingentes aéreos.
A Rússia e os Estados Unidos acusam-se mutuamente de serem responsáveis pelo fracasso da trégua, depois de os ataques aéreos russos e sírios sobre a parte rebelde de Alepo terem sido retomados em força há 11 dias. Tais 'raids' destruíram hoje totalmente o maior hospital daquele sector rebelde.
Moscovo "lamenta" suspensão de negociações
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo lamentou entretanto a decisão dos Estados Unidos de suspender as negociações, afirmando que Washington está a tentar atribuir a responsabilidade do fracasso a Moscovo.
"Lamentamos esta decisão de Washington", disse a porta-voz do ministério, Maria Zakharova, citada pelas agências noticiosas russas, acrescentando que os Estados Unidos, "depois de falharem no cumprimento dos acordos que eles mesmos negociaram, estão a tentar atribuir a culpa do fracasso aos outros".
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