O Governo resistiu, mas terá acabado por ceder às pressões dos parceiros à sua esquerda para aumentar o IRC às empresas com maiores lucros. A medida não constará da proposta de Orçamento do Estado para 2018 mas será apresentada na discussão na especialidade, e, segundo garante o PCP, tem aprovação garantida.
"Há o compromisso com o PCP de que a proposta seja votada favoravelmente na especialidade" adiantou ao Negócios fonte oficial comunista. A garantia foi dada aos comunistas pelo Governo relativamente ao sentido de voto dos deputados do PS, que, na hora de votarem a medida, darão o seu aval.
Além do PCP, também o Bloco de Esquerda (BE) se tem empenhado na viabilização desta medida, com o argumento de que gera receita adicional para financiar devoluções de rendimento como acontece no IRS, mas também por razões de justiça fiscal. O partido sustenta que o regime de reavaliação de activos lançado no ano passado acabou por beneficiar essencialmente as grandes empresas, como a EDP, e que é preciso reverter esse proveito de novo para os cofres públicos.
A derrama será uma forma de concretizar este objectivo. Em causa está o agravamento da taxa de 7% para 9% para quem tem lucros tributáveis superiores a 35 milhões de euros - o último dos três escalões existentes. Este adicional distingue-se do IRC normal porque incide não sobre o lucro mas sobre o lucro tributável (ou seja, é possível uma empresa apresentar prejuízos fiscais, não pagar IRC e pagar derrama) e porque é calculada apenas sobre o excedente (e não sobre a totalidade dos 35 milhões de euros).
Criada no tempo de José Sócrates como uma medida temporária, destinada a acorrer à crise que então despontava, esta taxa agravada de IRC manteve-se até hoje e parece estar para ficar.
SOU E SEMPRE FUI TOTALMENTE A FAVOR DAS EMPRESAS PAGAREM MENOS IMPOSTOS POIS TAL SERIA PARA O BEM DOS TRABALHADORES, DA SOCIEDADE, DO PAÍS. MAS EM PT A VERDADEIRA INICIATIVA PRIVADA ESTÁ NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. AS "GRANDES" NÃO PASSAVAM DE CORRUPTAS QUE VIVEM À CONTA DO SISTEMA PODRE.
que geram lucros acima de 35 milhões de € são os mesmo que calavam, quando (por exemplo) as produtoras de eletricidade eram subsidiadas pelo estado para vender ao preço que queriam a mesma eletricidade. Com este orçamento essas empresas terão de pagar imposto sobre os produtos ´necessários para prod
a estupidez. Este aumento de imposto diz respeito a lucros líquidos que não sejam investidos. Ou seja se uma empresa tiver 40 milhões de lucro líquidos, o imposto é cobre os 40 milhões, se investir na própria empresa (por exemplo) 10 milhões, o imposto será de 30 milhões. É assim que sempre devia se
triste papel, vêm algumas empresas fazer o choradinho do "NÃO AOS EUMENTOS" afinal de contas não são os que geram mais lucros, os que mais ganham e os que acumulam mais fortuna, que devem suportar um peso maior nas contribuições. Estes são os mesmos que criticam o País quando a coisa corre mal.
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O Governo resistiu, mas terá acabado por ceder às pressões dos parceiros à sua esquerda para aumentar o IRC às empresas com maiores lucros. A medida não constará da proposta de Orçamento do Estado para 2018 mas será apresentada na discussão na especialidade, e, segundo garante o PCP, tem aprovação garantida.
"Há o compromisso com o PCP de que a proposta seja votada favoravelmente na especialidade" adiantou ao Negócios fonte oficial comunista. A garantia foi dada aos comunistas pelo Governo relativamente ao sentido de voto dos deputados do PS, que, na hora de votarem a medida, darão o seu aval.
Além do PCP, também o Bloco de Esquerda (BE) se tem empenhado na viabilização desta medida, com o argumento de que gera receita adicional para financiar devoluções de rendimento como acontece no IRS, mas também por razões de justiça fiscal. O partido sustenta que o regime de reavaliação de activos lançado no ano passado acabou por beneficiar essencialmente as grandes empresas, como a EDP, e que é preciso reverter esse proveito de novo para os cofres públicos.
A derrama será uma forma de concretizar este objectivo. Em causa está o agravamento da taxa de 7% para 9% para quem tem lucros tributáveis superiores a 35 milhões de euros - o último dos três escalões existentes. Este adicional distingue-se do IRC normal porque incide não sobre o lucro mas sobre o lucro tributável (ou seja, é possível uma empresa apresentar prejuízos fiscais, não pagar IRC e pagar derrama) e porque é calculada apenas sobre o excedente (e não sobre a totalidade dos 35 milhões de euros).
Criada no tempo de José Sócrates como uma medida temporária, destinada a acorrer à crise que então despontava, esta taxa agravada de IRC manteve-se até hoje e parece estar para ficar.
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