O projecto de resolução apresentado pelos centristas foi chumbado com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV, tendo os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP e a abstenção do PAN.
O CDS-PP tinha apresentado inicialmente uma resolução para a revisão do Programa de Estabilidade no sentido de retomar as reformas estruturais adoptadas pelo anterior executivo, assim como políticas para o crescimento económico, que substituiu por um texto pedindo a sua rejeição.
Com a mesma votação foi ainda chumbado o projecto de resolução do CDS-PP que recomendava ao Governo que adoptasse no Plano Nacional de Reformas "um conjunto de medidas que permitam colocar Portugal numa trajectória sustentada de crescimento económicos e do emprego".
Numa declaração de voto em nome do PS após as votações, o deputado Ascenso Simões acusou o CDS de ter entrado no debate "de peito feito" mas "saído de costas com uma votação inconsequente".
"O país ganhou com esta votação e os partidos à nossa direita perderam a sua votação e a proposta política", criticou o deputado socialista.
Na resposta, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares sublinhou que "o voto é a forma como a vontade se expressa numa democracia" e é nesse momento que cada grupo parlamentar "deu apoio ou não" a um Programa Nacional de Reformas "que podia e devia ser muito melhorado".
"Quem à terça e quinta se apresenta como oposição ao Governo, chegam aqui à sexta e demonstram aquilo que são - o suporte ao Governo, o ponto de apoio ao Governo, até já há quem no PS vos chame a muralha de aço", afirmou Mota Soares, dirigindo-se às bancadas do PCP, BE e PEV.
Nacionalizar é impossível em Portugal porque o Estado é mau gestor e segundo a versão oficial desse mesmo Estado, e seus sindicatos, não existe, existiu ou alguma vez existirá excedentarismo e por isso não se pode reestruturar uma organização portuguesa com recurso a despedimentos ou desalocação de oneroso factor produtivo trabalho que seja desnecessário e injustificável. Logo, no caso BES, ficaríamos com duas CGD cheias de excedentários, pelo menos até que aqueles se reformassem todos. Além disso, o próprio sector do retalho bancário fomenta e aprova a disseminação total e absoluta do excedentarismo em sentido lato, porque é assim que o seu negócio de concessão de crédito consegue crescer mesmo que a criação de valor na respectiva economia seja nula ou diminuta. Quando a liquidação de bancos é ainda proibida sob o pretexto de que aqueles são grandes demais para falir e que os bancários representam um número de votos elevado, o que os torna inelegíveis para o RSI, a situação fica má.
Imaginemos que o Reino Unido não tinha reduzido em 1 milhão o número de colaboradores excedentários, redundantes ou obsoletos identificados no seu sector público, numa tarefa tão decidida quanto decisiva que o governo britânico reeleito ainda não deu por concluída apesar desta redução significar que o país atingiu o menor número de funcionários públicos desde a 2ª Guerra Mundial, ou o Canadá e a Austrália no seu conjunto, mais de 50 mil funcionários federais de que não necessitavam, só entre 2011 e 2015. Imaginemos que nos EUA a proporção de empregados pelo sector público face ao emprego total da economia não era actualmente a segunda mais baixa desde 1960, nem que tinham em 2014 atingido o número mais reduzido de funcionários federais desde 1966. Seriam países muito pobres.
Até o CEO da Altice está espantado com as regras laborais portuguesas que o obrigam a pagar milhares de salários a colaboradores excedentários de que a empresa já não necessita. É o que faz não se ter dado nas orelhas dos sindicalistas mais cedo... Triste paízinho roubado descaradamente por todos os ladrões, dos maiores aos mais pequeninos.
O PSD devia ter deixado os bancos já sem solução alguma entrar em processo de falência e liquidação. Os bancos com alguma solução ou alguma esperança, como o BCP, deviam ter sido nacionalizados, reestruturados e consolidados com a CGD. Isso só não foi possível porque a legislação laboral e a máfia sindical nunca permitiriam despedir os milhares de excedentários dai resultantes. Temos as leis e a cultura de gestão que temos. Não digam agora que isso não acarreta custos enormes para o Estado e para a economia, porque seria uma rotunda mentira dizê-lo.
Nacionalizar é impossível em Portugal porque o Estado é mau gestor e segundo a versão oficial desse mesmo Estado, e seus sindicatos, não existe, existiu ou alguma vez existirá excedentarismo e por isso não se pode reestruturar uma organização portuguesa com recurso a despedimentos ou desalocação de oneroso factor produtivo trabalho que seja desnecessário e injustificável. Logo, no caso BES, ficaríamos com duas CGD cheias de excedentários, pelo menos até que aqueles se reformassem todos. Além disso, o próprio sector do retalho bancário fomenta e aprova a disseminação total e absoluta do excedentarismo em sentido lato, porque é assim que o seu negócio de concessão de crédito consegue crescer mesmo que a criação de valor na respectiva economia seja nula ou diminuta. Quando a liquidação de bancos é ainda proibida sob o pretexto de que aqueles são grandes demais para falir e que os bancários representam um número de votos elevado, o que os torna inelegíveis para o RSI, a situação fica má.
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O projecto de resolução apresentado pelos centristas foi chumbado com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV, tendo os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP e a abstenção do PAN.
O CDS-PP tinha apresentado inicialmente uma resolução para a revisão do Programa de Estabilidade no sentido de retomar as reformas estruturais adoptadas pelo anterior executivo, assim como políticas para o crescimento económico, que substituiu por um texto pedindo a sua rejeição.
Com a mesma votação foi ainda chumbado o projecto de resolução do CDS-PP que recomendava ao Governo que adoptasse no Plano Nacional de Reformas "um conjunto de medidas que permitam colocar Portugal numa trajectória sustentada de crescimento económicos e do emprego".
Numa declaração de voto em nome do PS após as votações, o deputado Ascenso Simões acusou o CDS de ter entrado no debate "de peito feito" mas "saído de costas com uma votação inconsequente".
"O país ganhou com esta votação e os partidos à nossa direita perderam a sua votação e a proposta política", criticou o deputado socialista.
Na resposta, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares sublinhou que "o voto é a forma como a vontade se expressa numa democracia" e é nesse momento que cada grupo parlamentar "deu apoio ou não" a um Programa Nacional de Reformas "que podia e devia ser muito melhorado".
"Quem à terça e quinta se apresenta como oposição ao Governo, chegam aqui à sexta e demonstram aquilo que são - o suporte ao Governo, o ponto de apoio ao Governo, até já há quem no PS vos chame a muralha de aço", afirmou Mota Soares, dirigindo-se às bancadas do PCP, BE e PEV.
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