A Caixa Geral de Depósitos vai abandonar o capital do Taguspark. Foi lançado um concurso para a alienação da participação financeira de 10% que a instituição financeira tem na entidade gestora do parque de ciência e tecnologia.
O anúncio de interesse da alienação dos 10% na Taguspark – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa foi revelada em publicidade no Expresso, publicada no sábado passado.
O banco presidido por Paulo Macedo (na foto) espera receber propostas não vinculativas até 21 de Agosto deste ano, onde deverão constar informações não só sobre o preço como as fontes de financiamento e o racional estratégico da aquisição. O objectivo é que o dossiê esteja fechado até ao final do ano.
A CGD tem uma posição de 10%, a mesma que é atribuída ao BCP e ligeiramente abaixo da participação de 10,03% do BPI. Juntos, os bancos dispõem sensivelmente a mesma participação conjunta que tem a Câmara Municipal de Oeiras, com 18,01%, e o Instituto Superior Técnico, com 12,64%.
No balanço da instituição financeira de 2016, a participação de 10% na promotora do Taguspark está avaliada em 2,17 milhões de euros. Como não há qualquer imparidade associada, pelo que não há antecipação de perdas, o valor líquido é esse mesmo montante.
Finanças têm de aprovar
Mário Centeno tem uma palavra a dizer sobre a operação. Aliás, sem a sua luz verde, não há alienação dos 10%. "A eventual venda está sujeita, além do mais, à prévia autorização do Ministério das Finanças", indica o anúncio.
Apesar de lançar o anúncio, a CGD admite que não está obrigada a seguir negociações com nenhum dos interessados, e que poderá mesmo negociar "com interessados que não tenham respondido" ao mesmo.
A Caixa tem vindo a reduzir o leque de actividades não bancárias, como é o caso deste género de participações financeiras. No âmbito dos compromissos que tem assumiu com a Comissão Europeia, o banco público também está a reduzir a sua estrutura, com a redução de pessoal e de balcões, sendo que uma das agências a encerrar este ano era precisamente no Taguspark.
O Taguspark, em Oeiras, foi criado em 1992, e é gerido por António Carmona Rodrigues, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Técnico, BCP, Novartis são algumas das entidades que estão aí localizadas.
Numa das suas rondas de despedimento de colaboradores excedentários, o Deutsche Bank em reestruturação decidiu fechar 200 agências só na Alemanha e despedir também naquele país 4000 excedentários. A nível internacional os números do encerramento de agências e do despedimento de colaboradores excedentários foram ainda mais elevados, obviamente - 35 mil postos de trabalho cortados em 2 anos, entre 2015 e 2017. ("The bank will close 200 branches in Germany -- with the loss of 4,000 jobs" http://money.cnn.com/2015/10/29/investing/deutsche-bank-job-losses/).
Banqueiros de retalho e geringonceiros anarco-sindicalistas do compadrio resgate-dependente, não tenho rendimentos ou património para sustentar as vossas vidas vividas acima das vossas possibilidades. Desinchem s'il vous plaît. "We will gradually enter a time where having a lifetime employment based on tasks that are not justified will be less and less sustainable - we're actually already there." - Emmanuel Macron www.msn.com/en-gb/video/other/french-civil-servants-no-more-jobs-for-life/vi-AAeGlDD
Quiseram pôr o Estado a salvar os bancos de retalho para salvar bancários, seus sindicatos, pensões e mais alguns interesses muito duvidosos. E tudo isto para quê? Para que esses bancos de retalho concedessem crédito para a internacionalização das empresas portuguesas não foi certamente porque isso nunca mais aconteceu nem pelos vistos acontecerá. Estes bancos resgatados em vez de se reestruturarem e transformarem em bancos de investimento, organizações fintech, firmas de gestão de investimentos, sociedades de capital de risco e private equity, foram e continuam a ir pelo caminho mais fácil e mais insustentável do crédito ao consumo e à habitação concedidos à legião de excedentários de carreira sindicalizados no país da UE onde o capital está já quase todo aplicado e transformado em prédios e pouco ou nada em máquinas que criem valor sob a forma de bens e serviços transaccionáveis à escala global de elevado valor acrescentado.
Portugal, jurisdição e economia tomada pelas forças anti-mercado que são responsáveis por todos os seus graves problemas económico-sociais, teve e tem lóbis muito nefastos que tudo fizeram para passar ao lado da realidade. Deu para esconder a podridão enquanto deu... Daqui para a frente cada vez haverá menos margem para tal. "600,000 jobs cut in the banking industry since 2008 financial crisis" www.ecofinagency.com/finance/1201-33230-600-000-jobs-cut-in-the-banking-industry-since-2008-financial-crisis
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site do Negócios, efectue o seu registo gratuito.
A Caixa Geral de Depósitos vai abandonar o capital do Taguspark. Foi lançado um concurso para a alienação da participação financeira de 10% que a instituição financeira tem na entidade gestora do parque de ciência e tecnologia.
O anúncio de interesse da alienação dos 10% na Taguspark – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa foi revelada em publicidade no Expresso, publicada no sábado passado.
O banco presidido por Paulo Macedo (na foto) espera receber propostas não vinculativas até 21 de Agosto deste ano, onde deverão constar informações não só sobre o preço como as fontes de financiamento e o racional estratégico da aquisição. O objectivo é que o dossiê esteja fechado até ao final do ano.
A CGD tem uma posição de 10%, a mesma que é atribuída ao BCP e ligeiramente abaixo da participação de 10,03% do BPI. Juntos, os bancos dispõem sensivelmente a mesma participação conjunta que tem a Câmara Municipal de Oeiras, com 18,01%, e o Instituto Superior Técnico, com 12,64%.
No balanço da instituição financeira de 2016, a participação de 10% na promotora do Taguspark está avaliada em 2,17 milhões de euros. Como não há qualquer imparidade associada, pelo que não há antecipação de perdas, o valor líquido é esse mesmo montante.
Finanças têm de aprovar
Mário Centeno tem uma palavra a dizer sobre a operação. Aliás, sem a sua luz verde, não há alienação dos 10%. "A eventual venda está sujeita, além do mais, à prévia autorização do Ministério das Finanças", indica o anúncio.
Apesar de lançar o anúncio, a CGD admite que não está obrigada a seguir negociações com nenhum dos interessados, e que poderá mesmo negociar "com interessados que não tenham respondido" ao mesmo.
A Caixa tem vindo a reduzir o leque de actividades não bancárias, como é o caso deste género de participações financeiras. No âmbito dos compromissos que tem assumiu com a Comissão Europeia, o banco público também está a reduzir a sua estrutura, com a redução de pessoal e de balcões, sendo que uma das agências a encerrar este ano era precisamente no Taguspark.
O Taguspark, em Oeiras, foi criado em 1992, e é gerido por António Carmona Rodrigues, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Técnico, BCP, Novartis são algumas das entidades que estão aí localizadas.
É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media - Grupo Cofina. Consulte as condições legais de utilização.