O banco estatal russo VTB emprestou mais de 11 mil milhões de dólares (10,27 mil milhões de euros à cotação actual) ao fundo soberano do Qatar e à Glencore quatro dias antes destas duas entidades terem comprado, pelo mesmo preço, uma participação de 19,5% na petrolífera pública Rosneft.
De acordo com a Reuters, que cita documentos da empresa obtidos junto das autoridades em Singapura, o empréstimo contraria as indicações dadas pelo presidente Vladimir Putin para que as entidades de crédito públicas não estivessem envolvidas em transacções deste género, apesar de ter sido concedido a título provisório até que as entidades dispusessem do financiamento necessário.
A agência noticiosa acrescenta que a estratégia de financiamento provisório permitiu ao Kremlin anunciar a venda ano mês passado em cima do prazo, garantindo um encaixe ao Estado e mostrando que os activos russos são apetecíveis.
"Foi um passo intermédio como parte do processo para fechar a transacção," afirmou um porta-voz da Glencore sobre o financiamento concedido pelo VTB. Tanto o banco como o fundo do Qatar recusaram comentar a notícia e a Rosneft não confirma a existência do empréstimo.
A participação foi comprada à empresa de Singapura QHG Shares Pte, que apresentou a 15 de Dezembro passado a participação da VTB na Rosneft como colateral para o crédito contraído por aquela empresa no valor de 11,69 mil milhões de dólares (10,91 milhões de euros). Uma operação terminada uma semana depois, com a passagem da VTB para a holding Rosneftegaz, que tem a maioria do capital da Rosneft.
Entretanto, a 3 de Janeiro, foi feita uma outra operação de financiamento no valor de 5,2 mil milhões de euros pelo banco italiano Intesa Sanpaolo, que recebeu como colateral desse empréstimo os 19,5% da Rosneft.
A agência noticiosa diz não haver registo, nos documentos consultados, de que o valor emprestado pelo banco VTB tenha sido devolvido, mas que tal pode ter acontecido por a transacção ter tido lugar noutra jurisdição.
Contudo, permanece a dúvida sobre a origem do financiamento da aquisição. Apesar de a Glencore admitir que houve bancos russos envolvidos, não foi anunciado quais são as instituições em causa. Uma fonte próxima do processo, não identificada, disse à Reuters que o banco da Gazprom, o Gazprombank, também esteve envolvido no financiamento. O banco não comenta. E o Kremlin nega que a intervenção da VTB tenha ligação à privatização, dizendo que não pode ser vista como uma participação no processo.
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O banco estatal russo VTB emprestou mais de 11 mil milhões de dólares (10,27 mil milhões de euros à cotação actual) ao fundo soberano do Qatar e à Glencore quatro dias antes destas duas entidades terem comprado, pelo mesmo preço, uma participação de 19,5% na petrolífera pública Rosneft.
De acordo com a Reuters, que cita documentos da empresa obtidos junto das autoridades em Singapura, o empréstimo contraria as indicações dadas pelo presidente Vladimir Putin para que as entidades de crédito públicas não estivessem envolvidas em transacções deste género, apesar de ter sido concedido a título provisório até que as entidades dispusessem do financiamento necessário.
A agência noticiosa acrescenta que a estratégia de financiamento provisório permitiu ao Kremlin anunciar a venda ano mês passado em cima do prazo, garantindo um encaixe ao Estado e mostrando que os activos russos são apetecíveis.
"Foi um passo intermédio como parte do processo para fechar a transacção," afirmou um porta-voz da Glencore sobre o financiamento concedido pelo VTB. Tanto o banco como o fundo do Qatar recusaram comentar a notícia e a Rosneft não confirma a existência do empréstimo.
A participação foi comprada à empresa de Singapura QHG Shares Pte, que apresentou a 15 de Dezembro passado a participação da VTB na Rosneft como colateral para o crédito contraído por aquela empresa no valor de 11,69 mil milhões de dólares (10,91 milhões de euros). Uma operação terminada uma semana depois, com a passagem da VTB para a holding Rosneftegaz, que tem a maioria do capital da Rosneft.
Entretanto, a 3 de Janeiro, foi feita uma outra operação de financiamento no valor de 5,2 mil milhões de euros pelo banco italiano Intesa Sanpaolo, que recebeu como colateral desse empréstimo os 19,5% da Rosneft.
A agência noticiosa diz não haver registo, nos documentos consultados, de que o valor emprestado pelo banco VTB tenha sido devolvido, mas que tal pode ter acontecido por a transacção ter tido lugar noutra jurisdição.
Contudo, permanece a dúvida sobre a origem do financiamento da aquisição. Apesar de a Glencore admitir que houve bancos russos envolvidos, não foi anunciado quais são as instituições em causa. Uma fonte próxima do processo, não identificada, disse à Reuters que o banco da Gazprom, o Gazprombank, também esteve envolvido no financiamento. O banco não comenta. E o Kremlin nega que a intervenção da VTB tenha ligação à privatização, dizendo que não pode ser vista como uma participação no processo.
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