A IBM está a colocar milhares de trabalhadores seus perante uma escolha difícil. É, na verdade, um ultimato, já que está a dar-lhes a escolher entre largarem os seus postos de trabalho em casa e serem relocalizados num escritório regional ou… irem embora da empresa.
A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal (WSJ), que diz que a tecnológica de 105 anos está assim, sem grande alarido, a desmantelar o seu popular programa de trabalho à distância – no qual foi pioneira e que vigora há várias décadas.
Michelle Peluso, que está há menos de um ano à frente do marketing da IBM, preparou uma mensagem de vídeo para estes trabalhadores, que visa entuasismá-los com a perspectiva do regresso a um posto de trabalho físico com mais colegas, sublinha a Quartz Media.
No vídeo, Michelle Peluso explica, citada pela mesma fonte, "a única receita que conheço para o sucesso". Os seus ingredientes incluem pessoas excepcionais, as ferramentas certas, uma missão, análise de resultados e uma coisa mais: "locais de trabalho verdadeiramente criativos e inspiradores".
Diz a Quartz Media que a IBM decidiu, assim, "co-localizar" o seu departamento de marketing nos Estados Unidos, "o que significa que todas as equipas terão agora de trabalhar juntas, lado a lado", numa das seguintes seis regiões – Atlanta, Raleigh, Austin, Boston, São Francisco e Nova Iorque.
Aos funcionários que trabalham sobretudo a partir de casa está a ser pedido que passem a deslocar-se diariamente, e aos que trabalham à distância ou a partir de um escritório que não esteja na lista (ou um escritório que esteja na lista mas seja diferente daquele em cuja equipa se foi integrado) está a ser indicado que mudem de casa para passarem a estar naquelas instalações específicas ou procurarem novo emprego, explicou o mesmo website.
Na IBM, recorda, em íncios da década de 80 já estavam a ser instalados "terminais remotos" nas casas de vários funcionários. Em 2009, quando o teletrabalho era ainda uma novidade na maioria das empresas, já 40% dos 386.000 trabalhadores da IBM em todo o mundo operava a partir de casa. Mas agora a tecnológica está a reverter a tendência, na expectativa de melhorar os seus resultados.
No passado dia 19 de Abril, a IBM reportou uma queda do seu volume de negócios – pelo 20.º trimestre consecutivo. Além disso, foi a primeira vez em cinco trimestres que reportou receitas abaixo das expectativas dos analistas.
Assim, a facturação da IBM no seu primeiro trimestre fiscal, terminado a 31 de Março, caiu 2,8% face ao trimestre homólogo de 2016, para 18,2 mil milhões de dólares. Os analistas apontavam para um volume de negócios de 18,4 mil milhões de dólares em média. No trimestre anterior, as vendas tinham já caído 1,3%.
A justificar este resultado, segundo a empresa, esteve sobretudo a fraca procura por serviços ligados às tecnologias de informação. E isto significa, conforme sublinharam a Bloomberg e a Reuters, que a empresa poderá demorar mais tempo do que se previa a dar a volta à situação.
Já os lucros, que incluem itens extraordinários, foram de 1,75 mil milhões de dólares, representando uma descida de 13% face ao período de Janeiro a Março do ano passado. Sem itens extraordinários (o chamado resultado não-GAAP), o lucro por acção (operacional) foi de 2,38 dólares, superando assim a projecção média dos analistas, que apontava para 2,35 dólares.
O crescimento nas novas áreas de actividade da empresa liderada por Ginni Rometty, como os serviços na nuvem e a inteligência artificial, não conseguiu compensar a queda nas vendas de hardware e software.
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A IBM está a colocar milhares de trabalhadores seus perante uma escolha difícil. É, na verdade, um ultimato, já que está a dar-lhes a escolher entre largarem os seus postos de trabalho em casa e serem relocalizados num escritório regional ou… irem embora da empresa.
A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal (WSJ), que diz que a tecnológica de 105 anos está assim, sem grande alarido, a desmantelar o seu popular programa de trabalho à distância – no qual foi pioneira e que vigora há várias décadas.
Michelle Peluso, que está há menos de um ano à frente do marketing da IBM, preparou uma mensagem de vídeo para estes trabalhadores, que visa entuasismá-los com a perspectiva do regresso a um posto de trabalho físico com mais colegas, sublinha a Quartz Media.
No vídeo, Michelle Peluso explica, citada pela mesma fonte, "a única receita que conheço para o sucesso". Os seus ingredientes incluem pessoas excepcionais, as ferramentas certas, uma missão, análise de resultados e uma coisa mais: "locais de trabalho verdadeiramente criativos e inspiradores".
Diz a Quartz Media que a IBM decidiu, assim, "co-localizar" o seu departamento de marketing nos Estados Unidos, "o que significa que todas as equipas terão agora de trabalhar juntas, lado a lado", numa das seguintes seis regiões – Atlanta, Raleigh, Austin, Boston, São Francisco e Nova Iorque.
Aos funcionários que trabalham sobretudo a partir de casa está a ser pedido que passem a deslocar-se diariamente, e aos que trabalham à distância ou a partir de um escritório que não esteja na lista (ou um escritório que esteja na lista mas seja diferente daquele em cuja equipa se foi integrado) está a ser indicado que mudem de casa para passarem a estar naquelas instalações específicas ou procurarem novo emprego, explicou o mesmo website.
Na IBM, recorda, em íncios da década de 80 já estavam a ser instalados "terminais remotos" nas casas de vários funcionários. Em 2009, quando o teletrabalho era ainda uma novidade na maioria das empresas, já 40% dos 386.000 trabalhadores da IBM em todo o mundo operava a partir de casa. Mas agora a tecnológica está a reverter a tendência, na expectativa de melhorar os seus resultados.
No passado dia 19 de Abril, a IBM reportou uma queda do seu volume de negócios – pelo 20.º trimestre consecutivo. Além disso, foi a primeira vez em cinco trimestres que reportou receitas abaixo das expectativas dos analistas.
Assim, a facturação da IBM no seu primeiro trimestre fiscal, terminado a 31 de Março, caiu 2,8% face ao trimestre homólogo de 2016, para 18,2 mil milhões de dólares. Os analistas apontavam para um volume de negócios de 18,4 mil milhões de dólares em média. No trimestre anterior, as vendas tinham já caído 1,3%.
A justificar este resultado, segundo a empresa, esteve sobretudo a fraca procura por serviços ligados às tecnologias de informação. E isto significa, conforme sublinharam a Bloomberg e a Reuters, que a empresa poderá demorar mais tempo do que se previa a dar a volta à situação.
Já os lucros, que incluem itens extraordinários, foram de 1,75 mil milhões de dólares, representando uma descida de 13% face ao período de Janeiro a Março do ano passado. Sem itens extraordinários (o chamado resultado não-GAAP), o lucro por acção (operacional) foi de 2,38 dólares, superando assim a projecção média dos analistas, que apontava para 2,35 dólares.
O crescimento nas novas áreas de actividade da empresa liderada por Ginni Rometty, como os serviços na nuvem e a inteligência artificial, não conseguiu compensar a queda nas vendas de hardware e software.
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