Os mercados em números:
PSI-20 ganhou 0,46% para 4.597,61 pontos
Stoxx 600 perdeu 0,15% para 362,42 pontos
S&P 500 desliza 0,19% para 2.270,35 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 1 ponto base para 3,844%
Euro ganha 0,89% para 1,0695 dólares
Petróleo inalterado em 55,86 dólares por barril, em Londres
Bolsas descem na Europa, mas PSI-20 contraria tendência
As bolsas europeias voltaram a fraquejar. O Stoxx 600 cedeu 0,15%, no segundo dia de descidas. Entre os principais mercados a maior descida pertenceu à bolsa londrina. O FTSE 100 cedeu 1,46%, após o discurso de Theresa May sobre o Brexit que levou a uma subida da libra.
Já entre os índices sectoriais do Stoxx 600, os melhores desempenhos pertenceram às empresas de serviços públicos ("utilities) e de serviços financeiros, com ganhos a rondar os 0,70%. Em sentido contrário, as cotadas de bens de consumo e as mineiras tiveram as maiores quedas, com os respectivos índices a perderem 0,70% e 0,59%. A bolsa portuguesa, e também a italiana, evitaram as perdas. O PSI-20 ganhou 0,46%, animado pelos ganhos de 15,67%do BCP e de 2,96% da EDP, que teve o melhor desempenho do índice europeu do sector. Estas subidas permitiram compensar as descidas de 0,69% da Jerónimo Martins e de 0,49% da Galp. Já a bolsa de Milão ganhou 0,25%. Juros da dívida descem desde emissão da semana passada A taxa das obrigações portuguesas a dez anos desceu esta terça-feira pela quinta sessão, no dia em que António Costa garantiu que o défice de 2016 não será superior a 2,3%. Desde que Portugal colocou três mil milhões de euros em novos títulos a dez anos, na passada quarta-feira que os juros descem. Nessa emissão, feita com recurso a um sindicato bancário, o Estado garantiu cerca de 20% do montante de financiamento via obrigações previsto para 2017. Mas para tal, o Estado teve de pagar um juro acima de 4,2%. A "yield" portuguesa a dez anos desceu um ponto base para 3,844%. Em Espanha e Itália, as taxas tiveram direcções diferentes. A "yield" espanhola baixou 3,8 pontos base para 1,392%. Já a taxa italiana subiu 0,2 pontos base para 1,915%, enquanto a alemã desceu 0,1 pontos base para 0,321%. O foco do mercado está já na reunião de política monetária do BCE, agendada para quinta-feira. Apesar de não se anteciparem alterações, as palavras de Draghi sobre a evolução da inflação serão analisadas pelos investidores para recolherem indícios sobre a evolução futura do programa alargado de compra de activos. Euribor com novos mínimos As taxas Euribor mantiveram-se em mínimos e em alguns prazos têm sido renovados recordes negativos atrás de recordes negativos nas últimas sessões. A taxa a três meses bateu um novo mínimo ao cair 0,1 pontos base para -0,329%, segundo dados da agência Lusa. O indexante a seis meses também baixou 0,1 pontos base para -0,239%, o sétimo mínimo histórico consecutivo. Também a Euribor a 12 meses registou o sétimo recorde negativo das últimas sete sessões, baixando esta terça-feira 0,3 pontos base para -0,098%. Libra com maior ganho desde o Brexit Theresa May sinalizou no discurso desta terça-feira que o Brexit resultará na saída do Reino Unido do mercado único europeu. Mas garantiu também que o acordo que for alcançado com a União Europeia, que tem como objectivo uma "parceria estratégica", terá de ser levado ao parlamento. Este facto aparenta ter puxado pela libra, que regista o maior ganho diário face ao dólar dos EUA desde o referendo de Junho do ano passado. Valoriza 2,81% para 1,2386 dólares. "O facto de levar um acordo final do Brexit a ambas as câmaras do Parlamento é positivo para a libra esterlina. (...) O acordo terá de ser bom para que o Parlamento o aprove", considera, citado pela Bloomberg, Athanasios Vamvakidis, analista do Bank of America. Petróleo sobe nos EUA com garantias da Arábia Saudita A Arábia Saudita considera que o acordo para cortar a produção está a ser cumprido e que há países que irão fazer maiores reduções que as previstas. E Riade defende que bastarão seis meses para o mercado voltar ao equilíbrio. Apesar de algum cepticismo sobre se estas informações sinalizavam que a OPEP quereria manter os cortes por pouco tempo, a garantia do director-executivo da Agência Internacional de Energia de que o mercado encontrará o reequilíbrio entre oferta e procura ainda no primeiro semestre deu ganhos ao petróleo. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,42% para 52,59 dólares. No entanto, o Brent não acompanha os ganhos, com o preço inalterado em 55,86 dólares. Tempos voláteis nos mercados, brilho no ouro O ouro manteve a tendência de subida registada em 2017. Desde o início do ano apenas perdeu valor numa sessão. Esta terça-feira, o preço da onça de "troy" sobe mais 0,85% para 1.212,96 dólares. Isto numa altura em que os investidores jogam à defesa devido à incerteza sobre o processo de saída do Reino Unido do Reino Unido e do aproximar da tomada de posse de Donald Trump. "Com a tomada de posse a aproximar-se, penso que as pessoas estão a aperceber-se que esta poderá ser uma presidência tempestuosa e o ouro pode muito bem beneficiar com isso", referiu, citado pela Bloomberg, Davi Govett, analista da Marex Spectron Group.
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Os mercados em números:
PSI-20 ganhou 0,46% para 4.597,61 pontos
Stoxx 600 perdeu 0,15% para 362,42 pontos
S&P 500 desliza 0,19% para 2.270,35 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 1 ponto base para 3,844%
Euro ganha 0,89% para 1,0695 dólares
Petróleo inalterado em 55,86 dólares por barril, em Londres
Bolsas descem na Europa, mas PSI-20 contraria tendência
As bolsas europeias voltaram a fraquejar. O Stoxx 600 cedeu 0,15%, no segundo dia de descidas. Entre os principais mercados a maior descida pertenceu à bolsa londrina. O FTSE 100 cedeu 1,46%, após o discurso de Theresa May sobre o Brexit que levou a uma subida da libra.
Já entre os índices sectoriais do Stoxx 600, os melhores desempenhos pertenceram às empresas de serviços públicos ("utilities) e de serviços financeiros, com ganhos a rondar os 0,70%. Em sentido contrário, as cotadas de bens de consumo e as mineiras tiveram as maiores quedas, com os respectivos índices a perderem 0,70% e 0,59%.
A bolsa portuguesa, e também a italiana, evitaram as perdas. O PSI-20 ganhou 0,46%, animado pelos ganhos de 15,67%do BCP e de 2,96% da EDP, que teve o melhor desempenho do índice europeu do sector. Estas subidas permitiram compensar as descidas de 0,69% da Jerónimo Martins e de 0,49% da Galp. Já a bolsa de Milão ganhou 0,25%.
Juros da dívida descem desde emissão da semana passada
A taxa das obrigações portuguesas a dez anos desceu esta terça-feira pela quinta sessão, no dia em que António Costa garantiu que o défice de 2016 não será superior a 2,3%. Desde que Portugal colocou três mil milhões de euros em novos títulos a dez anos, na passada quarta-feira que os juros descem. Nessa emissão, feita com recurso a um sindicato bancário, o Estado garantiu cerca de 20% do montante de financiamento via obrigações previsto para 2017. Mas para tal, o Estado teve de pagar um juro acima de 4,2%.
A "yield" portuguesa a dez anos desceu um ponto base para 3,844%. Em Espanha e Itália, as taxas tiveram direcções diferentes. A "yield" espanhola baixou 3,8 pontos base para 1,392%. Já a taxa italiana subiu 0,2 pontos base para 1,915%, enquanto a alemã desceu 0,1 pontos base para 0,321%. O foco do mercado está já na reunião de política monetária do BCE, agendada para quinta-feira. Apesar de não se anteciparem alterações, as palavras de Draghi sobre a evolução da inflação serão analisadas pelos investidores para recolherem indícios sobre a evolução futura do programa alargado de compra de activos.
Euribor com novos mínimos
As taxas Euribor mantiveram-se em mínimos e em alguns prazos têm sido renovados recordes negativos atrás de recordes negativos nas últimas sessões. A taxa a três meses bateu um novo mínimo ao cair 0,1 pontos base para -0,329%, segundo dados da agência Lusa. O indexante a seis meses também baixou 0,1 pontos base para -0,239%, o sétimo mínimo histórico consecutivo. Também a Euribor a 12 meses registou o sétimo recorde negativo das últimas sete sessões, baixando esta terça-feira 0,3 pontos base para -0,098%.
Libra com maior ganho desde o Brexit
Theresa May sinalizou no discurso desta terça-feira que o Brexit resultará na saída do Reino Unido do mercado único europeu. Mas garantiu também que o acordo que for alcançado com a União Europeia, que tem como objectivo uma "parceria estratégica", terá de ser levado ao parlamento. Este facto aparenta ter puxado pela libra, que regista o maior ganho diário face ao dólar dos EUA desde o referendo de Junho do ano passado. Valoriza 2,81% para 1,2386 dólares.
"O facto de levar um acordo final do Brexit a ambas as câmaras do Parlamento é positivo para a libra esterlina. (...) O acordo terá de ser bom para que o Parlamento o aprove", considera, citado pela Bloomberg, Athanasios Vamvakidis, analista do Bank of America.
Petróleo sobe nos EUA com garantias da Arábia Saudita
A Arábia Saudita considera que o acordo para cortar a produção está a ser cumprido e que há países que irão fazer maiores reduções que as previstas. E Riade defende que bastarão seis meses para o mercado voltar ao equilíbrio. Apesar de algum cepticismo sobre se estas informações sinalizavam que a OPEP quereria manter os cortes por pouco tempo, a garantia do director-executivo da Agência Internacional de Energia de que o mercado encontrará o reequilíbrio entre oferta e procura ainda no primeiro semestre deu ganhos ao petróleo. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,42% para 52,59 dólares. No entanto, o Brent não acompanha os ganhos, com o preço inalterado em 55,86 dólares.
Tempos voláteis nos mercados, brilho no ouro
O ouro manteve a tendência de subida registada em 2017. Desde o início do ano apenas perdeu valor numa sessão. Esta terça-feira, o preço da onça de "troy" sobe mais 0,85% para 1.212,96 dólares. Isto numa altura em que os investidores jogam à defesa devido à incerteza sobre o processo de saída do Reino Unido do Reino Unido e do aproximar da tomada de posse de Donald Trump. "Com a tomada de posse a aproximar-se, penso que as pessoas estão a aperceber-se que esta poderá ser uma presidência tempestuosa e o ouro pode muito bem beneficiar com isso", referiu, citado pela Bloomberg, Davi Govett, analista da Marex Spectron Group.
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