Os juros da dívida pública portuguesa estão em queda esta sexta-feira, 14 de Outubro, e o risco face à dívida alemã em mínimos de um mês no dia em que será conhecido o Orçamento do Estado para o próximo ano.
A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos desce 4,9 pontos base para 3,320%, o valor mais baixo desde 4 de Outubro. A cinco anos, o alívio é de 4,2 pontos para 1,835%.
Portugal está a contrariar a tendência da generalidade dos países europeus, onde as yields registam subidas ligeiras esta sexta-feira. Em Espanha, os juros da dívida a dez anos avançam 1,6 pontos para 1,133% e, na Alemanha, somam 2,4 pontos para 0,062%.
Com a subida da ‘yield’ das bunds germânicas e a descida dos juros portugueses, também o risco de Portugal – medido pelo diferencial face à dívida alemã – é menor. Desce 6,7 pontos para 323,4 pontos, o valor mais baixo desde 14 de Setembro.
Esta evolução acontece no dia em que será apresentado o Orçamento do Estado para o próximo ano que conta, entre outras medidas, com a introdução de um novo imposto sobre o património e um aumento das pensões acima da inflação.
Depois de conhecido o plano orçamental para 2017, os investidores estarão de olhos postos na revisão do rating pela agência canadiana DBRS, agendada para o próximo dia 21 de Outubro.
Esta segunda-feira, o ministro das Finanças Mário Centeno mostrou-se confiante que a agência de rating vai manter a nota de Portugal, já que se sente "muito confortável sobre a posição orçamental" portuguesa, que considerou "muito forte".
Em declarações à agência Bloomberg, depois de um encontro com a agência de notação financeira, o ministro das Finanças referiu que "a expectativa é que não irão mudar o ‘outlook’ ou a notação" na avaliação que será divulgada na próxima sexta-feira.
Porém, poucos dias antes, o economista-chefe da DBRS, Fergus McCormick, havia afirmado, em entrevista ao Financial Times, que a economia portuguesa está presa num "ciclo vicioso" de dívida elevada, baixo crescimento e adiamento de reformas económicas.
FP . CGA – 40 ANOS A ROUBAR OS TRABALHADORES E PENSIONISTAS DO PRIVADO
CGA Sempre a roubar à grande
Ninguém põe em causa que os médicos, os juízes, por aí fora, tenham pensões altas, e mais altas do que quem ganhou menos e, portanto, descontou menos.
Não é isso, de maneira nenhuma, que está em causa.
O que está em causa é saber se as pessoas recebem aquilo (para) que descontaram ou se recebem mais ou muito mais, e, em caso afirmativo, como é que isto é possível. Pelos vistos não é possível, neste concreto sentido: não é sustentável.
E tanto não é que um médico que se reforme agora, em 2016, fica a ganhar menos do que um com as mesmas qualificações e porventura até menos anos de desconto que se tenha reformado em... 2008.
Durante anos disse aos funcionários públicos: vocês andarão a trabalhar no duro para pagar pensões exorbitantes de colegas vossos que meteram os papéis para a reforma dois ou três anos antes de vocês.
Diziam-me que tal nunca aconteceria, e que as reformas subiriam sempre.
Ao que eu lhes respondia: a CGA é um esquema em pirâmide: quando falir, vai tudo ao ar, vocês vão ter de trabalhar mais do que os vossos antecessores e vão receber menos.
Diziam-me que eu era mais um que punha públicos contra privados.
Ora aí está: veja quanto é que diminuíram as pensões dos funcionários públicos nos últimos 8 anos.
Isto só mostra uma coisa: o esquema que funcionou para uma geração dourada não funcionará mais.
E andámos nós todos a pagar os "direitos adquiridos".
E andamos, ainda hoje, a pagar-lhes um poder de compra muito superior ao nosso.
Nós (quer funcionários públicos quer do privado), que trabalhamos mais anos do que eles, recebemos menos de salário e receberemos menos de reforma.
Diga-me onde está a justiça disto.
FP e CGA - SEMPRE A ROUBAR À GRANDE
E não deixa de ser anedótico que o contribuinte que vê a sua reforma cada vez mais longe e mais baixa, ainda seja chamado para pagar as reformas da CGA.
Fica aqui a lista do pilim que a CGA consome ao OE (e que todos os contribuintes pagam):
Milhares de € - Pordata
Ano - Receitas CGA / Trf Orç. Estado / Despesa total
2008 - 2.298.320,0 / 3.396.097,0 / 6.705.927,0
2010 - 3.453.777,2 / 3.749.924,6 / 7.489.193,3
2012 - 2.846.863,0 / 4.214.632,7 / 7.196.785,9
2015 - 4.927.319,1 / 4.601.342,3 / 9.528.661,4
É hilariante e daria vontade de rir, se não fosse um assunto sério, ver um desgoverno ilegítimo a distribuir riqueza ( dinheiro dos nossos credores ) e acusar a UE de falta de rigor e de solidariedade! É preciso ter lata para dizer que não se deixam chantagear com a indexação do OE 2017 às eventuais sanções a Portugal, feita pela UE. Estes deputados, são uns imbecis utópicos ridículos ..Novembro está mais próximo! Com este novo imposto imobiliário não há quem queira pôr um tostão neste pobre País! Viva Portugal, o meu País! Estejam atentos.
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Os juros da dívida pública portuguesa estão em queda esta sexta-feira, 14 de Outubro, e o risco face à dívida alemã em mínimos de um mês no dia em que será conhecido o Orçamento do Estado para o próximo ano.
A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos desce 4,9 pontos base para 3,320%, o valor mais baixo desde 4 de Outubro. A cinco anos, o alívio é de 4,2 pontos para 1,835%.
Portugal está a contrariar a tendência da generalidade dos países europeus, onde as yields registam subidas ligeiras esta sexta-feira. Em Espanha, os juros da dívida a dez anos avançam 1,6 pontos para 1,133% e, na Alemanha, somam 2,4 pontos para 0,062%.
Com a subida da ‘yield’ das bunds germânicas e a descida dos juros portugueses, também o risco de Portugal – medido pelo diferencial face à dívida alemã – é menor. Desce 6,7 pontos para 323,4 pontos, o valor mais baixo desde 14 de Setembro.
Esta evolução acontece no dia em que será apresentado o Orçamento do Estado para o próximo ano que conta, entre outras medidas, com a introdução de um novo imposto sobre o património e um aumento das pensões acima da inflação.
Depois de conhecido o plano orçamental para 2017, os investidores estarão de olhos postos na revisão do rating pela agência canadiana DBRS, agendada para o próximo dia 21 de Outubro.
Esta segunda-feira, o ministro das Finanças Mário Centeno mostrou-se confiante que a agência de rating vai manter a nota de Portugal, já que se sente "muito confortável sobre a posição orçamental" portuguesa, que considerou "muito forte".
Em declarações à agência Bloomberg, depois de um encontro com a agência de notação financeira, o ministro das Finanças referiu que "a expectativa é que não irão mudar o ‘outlook’ ou a notação" na avaliação que será divulgada na próxima sexta-feira.
Porém, poucos dias antes, o economista-chefe da DBRS, Fergus McCormick, havia afirmado, em entrevista ao Financial Times, que a economia portuguesa está presa num "ciclo vicioso" de dívida elevada, baixo crescimento e adiamento de reformas económicas.
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