A vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA abalou os mercados mundiais, mas João Queiroz acredita que os investidores já estão mais preparados para lidar com este tipo de eventos. Em termos de investimento, as acções na Europa lideram a preferência, mas é preciso ser selectivo.
As eleições americanas criaram grande expectativa junto dos investidores. Qual o impacto destes eventos nos mercados?
Os eventos de escala como as decisões populares apresentam sempre um potencial disruptivo considerável, até porque os eleitorados e as sondagens estão cada vez mais afastados. Mas também é certo que os investidores já se apresentam mais preparados para este acréscimo de volatilidade. Os nossos clientes estiveram muito mais prevenidos nestas eleições nos EUA do que no Brexit. Foi notório o recurso a derivados para cobrir o risco.
Os bancos centrais são outro dos temas que têm marcado a negociação em 2016. As bolsas vão manter-se reféns da política de estímulos?
Desde 2008 que as decisões dos bancos centrais se tornaram ainda mais relevantes e impactantes porque o preço do dinheiro é uma variável crucial na avaliação do preço de equilíbrio das acções e obrigações das empresas. A seguir às expectativas de resultados e de receitas, à recompra de acções e pagamento de dividendos, os programas de estímulos são a variável mais relevante até pelo enviesamento que causam na percepção de risco dos agentes económicos.
Indicações de uma retirada de estímulos por parte de instituições como o BCE e o Banco de Inglaterra podem acelerar uma correcção?
Claramente, sobretudo para as empresas que têm um modelo de negócio mais orientado para o crescimento com maior utilização de recursos alheios.
2016 tem sido um ano negativo para as bolsas europeias. Poderemos assistir a um "rally" de final de ano?
Pode haver um ajustamento nos prémios de risco que já incluam as perspectivas do próximo ano, mas não estimamos alterações ao actual cenário.
Ao contrário da Europa, nos EUA as bolsas acumulam ganhos. Mantêm a preferência?
Atendendo a que os múltiplos a que negoceiam os EUA já se encontram acima da média dos últimos 25/30 anos a maior preferência é agora para a Europa e para os títulos que apresentam sólidos fundamentais e melhor estimativa de remunerações.
Como é que os investidores podem jogar com a volatilidade a seu favor no Jogo da Bolsa?
Cada vez jogam menos a variável volatilidade e incorporam-na como uma das principais medidas de risco. Esta passou a ser relevante para decidirem quando devem implementar estratégias de imunização e de mitigação de risco ou quando devem alavancar as carteiras.
Quais as principais novidades desta edição do Jogo da Bolsa?
A disponibilização de CFD sobre obrigações soberanas da Europa e de CFD de índices dá aos participantes uma enorme capacidade para gerir a correlação com o mercado das suas carteiras de acções e ETF.As classificações do Jogo da Bolsa são actualizadas diariamente. Em primeiro lugar, um Top é publicado no Negócios e às 14 horas a listagem total é publicada no Jornal de Negócios Online (www.negocios.pt). Para o efeito, todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, a Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School. Depois, todas as terças-feiras, é divulgado o vencedor semanal. Na primeira semana, o vencedor da classificação é quem ficar à frente na classificação global. Nas semanas seguintes, o vencedor da semana pode não corresponder ao líder do jogo. Saiba quais são os prémios desta edição do Jogo da Bolsa em http://jogodabolsa.negocios.xl.pt/index.html.
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A vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA abalou os mercados mundiais, mas João Queiroz acredita que os investidores já estão mais preparados para lidar com este tipo de eventos. Em termos de investimento, as acções na Europa lideram a preferência, mas é preciso ser selectivo.
As eleições americanas criaram grande expectativa junto dos investidores. Qual o impacto destes eventos nos mercados?
Os eventos de escala como as decisões populares apresentam sempre um potencial disruptivo considerável, até porque os eleitorados e as sondagens estão cada vez mais afastados. Mas também é certo que os investidores já se apresentam mais preparados para este acréscimo de volatilidade. Os nossos clientes estiveram muito mais prevenidos nestas eleições nos EUA do que no Brexit. Foi notório o recurso a derivados para cobrir o risco.
Os bancos centrais são outro dos temas que têm marcado a negociação em 2016. As bolsas vão manter-se reféns da política de estímulos?
Desde 2008 que as decisões dos bancos centrais se tornaram ainda mais relevantes e impactantes porque o preço do dinheiro é uma variável crucial na avaliação do preço de equilíbrio das acções e obrigações das empresas. A seguir às expectativas de resultados e de receitas, à recompra de acções e pagamento de dividendos, os programas de estímulos são a variável mais relevante até pelo enviesamento que causam na percepção de risco dos agentes económicos.
Indicações de uma retirada de estímulos por parte de instituições como o BCE e o Banco de Inglaterra podem acelerar uma correcção?
Claramente, sobretudo para as empresas que têm um modelo de negócio mais orientado para o crescimento com maior utilização de recursos alheios.
2016 tem sido um ano negativo para as bolsas europeias. Poderemos assistir a um "rally" de final de ano?
Pode haver um ajustamento nos prémios de risco que já incluam as perspectivas do próximo ano, mas não estimamos alterações ao actual cenário.
Ao contrário da Europa, nos EUA as bolsas acumulam ganhos. Mantêm a preferência?
Atendendo a que os múltiplos a que negoceiam os EUA já se encontram acima da média dos últimos 25/30 anos a maior preferência é agora para a Europa e para os títulos que apresentam sólidos fundamentais e melhor estimativa de remunerações.
Como é que os investidores podem jogar com a volatilidade a seu favor no Jogo da Bolsa?
Cada vez jogam menos a variável volatilidade e incorporam-na como uma das principais medidas de risco. Esta passou a ser relevante para decidirem quando devem implementar estratégias de imunização e de mitigação de risco ou quando devem alavancar as carteiras.
Quais as principais novidades desta edição do Jogo da Bolsa?
A disponibilização de CFD sobre obrigações soberanas da Europa e de CFD de índices dá aos participantes uma enorme capacidade para gerir a correlação com o mercado das suas carteiras de acções e ETF.As classificações do Jogo da Bolsa são actualizadas diariamente. Em primeiro lugar, um Top é publicado no Negócios e às 14 horas a listagem total é publicada no Jornal de Negócios Online (www.negocios.pt). Para o efeito, todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, a Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School. Depois, todas as terças-feiras, é divulgado o vencedor semanal. Na primeira semana, o vencedor da classificação é quem ficar à frente na classificação global. Nas semanas seguintes, o vencedor da semana pode não corresponder ao líder do jogo. Saiba quais são os prémios desta edição do Jogo da Bolsa em http://jogodabolsa.negocios.xl.pt/index.html.
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