Este escultor apaixonou-se de tal forma pela sua própria estátua que a deusa Vénus humanizou-a, dando-lhe vida real.
No início do século xx, George Bernard Shaw, famoso dramaturgo e romancista e um dos co-fundadores da notável universidade pública inglesa London School of Economics, criou uma peça teatral baseada na história de Pigmaleão (Pygmalion), que por sua vez inspirou um filme com o mesmo nome, um musical e um filme denominado "My Fair Lady". Entretanto este musical foi adaptado para Portugal por Filipe La Féria.
Nos anos sessenta do século xx, os psicólogos americanos de Harvard Robert Rosenthal e Lenore Jacobson elaboraram uma investigação muito interessante e recuperaram a figura de Pigmaleão.
O estudo consistiu num teste de QI (Quociente de Inteligência) a alunos do ensino primário no início do ano escolar, que por sua vez conforme os resultados iriam ser classificados confidencialmente entre os que tiveram um QI superior e os que tiveram um QI inferior.
Entretanto os professores foram avisados de que vinte por cento dos alunos tinham como resultado um QI excecionalmente alto e que estes teriam notas e classificações acima da média em relação aos outros colegas. Posteriormente foi divulgada a lista aos professores com os nomes dos vinte por cento mais inteligentes, mas os professores tinham de garantir que esta informação seria confidencial e que os alunos não poderiam ter acesso a essa listagem.
No final do ano, efetivamente estes vinte por cento de alunos obtiveram resultados acima da média. Os mesmos alunos repetiram o mesmo teste de QI e alcançaram melhores resultados do que no primeiro teste de QI.
No entanto, os investigadores tinham equivocado os professores no início do ano. A verdade é que a listagem dos vinte por cento melhores foi uma listagem completamente aleatória e não teve em consideração os melhores.
Então porque é que estes alunos obtiveram melhores resultados?
Robert Rosenthal e Lenore Jacobson concluíram que o facto de induzirem os professores com elevadas expetativas em relação àquele pequeno grupo contribui-o para que os professores fossem mais empenhados e encorajadores para com aquele grupo restrito. Também foi concluído que estes professores tiveram uma maior cumplicidade, afetividade e criaram um ambiente promotor de confiança para com estes alunos.
Posteriormente, estes mesmos investigadores concluíram que estes resultados obtidos no meio académico aplicavam-se na íntegra em ambiente empresarial e militar.
A psicologia apelidou este efeito de efeito Pigmaleão ou efeito Rosenthal, e tem como significado que quanto maiores as expetativas criadas em relação a uma pessoa melhor será o seu desempenho.
O efeito Pigmaleão ou efeito Rosenthal altera a perceção da realidade e a forma de como nos relacionamos com ela.
Neste sentido há que ter em atenção quando apresentarmos o nosso novo colaborador à equipa, é fundamental salientar e de forma positiva e entusiasta as suas qualidades.
O mesmo se aplica, aos líderes. Quando apresentarem a sua empresa ou equipa, é bom que enalteçam publicamente as mesmas, certamente obterão melhores resultados e um maior respeito por parte de todos os "stakeholders".
Gestor e professor universitário
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site do Negócios, efectue o seu registo gratuito.
Este escultor apaixonou-se de tal forma pela sua própria estátua que a deusa Vénus humanizou-a, dando-lhe vida real.
No início do século xx, George Bernard Shaw, famoso dramaturgo e romancista e um dos co-fundadores da notável universidade pública inglesa London School of Economics, criou uma peça teatral baseada na história de Pigmaleão (Pygmalion), que por sua vez inspirou um filme com o mesmo nome, um musical e um filme denominado "My Fair Lady". Entretanto este musical foi adaptado para Portugal por Filipe La Féria.
Nos anos sessenta do século xx, os psicólogos americanos de Harvard Robert Rosenthal e Lenore Jacobson elaboraram uma investigação muito interessante e recuperaram a figura de Pigmaleão.
O estudo consistiu num teste de QI (Quociente de Inteligência) a alunos do ensino primário no início do ano escolar, que por sua vez conforme os resultados iriam ser classificados confidencialmente entre os que tiveram um QI superior e os que tiveram um QI inferior.
Entretanto os professores foram avisados de que vinte por cento dos alunos tinham como resultado um QI excecionalmente alto e que estes teriam notas e classificações acima da média em relação aos outros colegas. Posteriormente foi divulgada a lista aos professores com os nomes dos vinte por cento mais inteligentes, mas os professores tinham de garantir que esta informação seria confidencial e que os alunos não poderiam ter acesso a essa listagem.
No final do ano, efetivamente estes vinte por cento de alunos obtiveram resultados acima da média. Os mesmos alunos repetiram o mesmo teste de QI e alcançaram melhores resultados do que no primeiro teste de QI.
No entanto, os investigadores tinham equivocado os professores no início do ano. A verdade é que a listagem dos vinte por cento melhores foi uma listagem completamente aleatória e não teve em consideração os melhores.
Então porque é que estes alunos obtiveram melhores resultados?
Robert Rosenthal e Lenore Jacobson concluíram que o facto de induzirem os professores com elevadas expetativas em relação àquele pequeno grupo contribui-o para que os professores fossem mais empenhados e encorajadores para com aquele grupo restrito. Também foi concluído que estes professores tiveram uma maior cumplicidade, afetividade e criaram um ambiente promotor de confiança para com estes alunos.
Posteriormente, estes mesmos investigadores concluíram que estes resultados obtidos no meio académico aplicavam-se na íntegra em ambiente empresarial e militar.
A psicologia apelidou este efeito de efeito Pigmaleão ou efeito Rosenthal, e tem como significado que quanto maiores as expetativas criadas em relação a uma pessoa melhor será o seu desempenho.
O efeito Pigmaleão ou efeito Rosenthal altera a perceção da realidade e a forma de como nos relacionamos com ela.
Neste sentido há que ter em atenção quando apresentarmos o nosso novo colaborador à equipa, é fundamental salientar e de forma positiva e entusiasta as suas qualidades.
O mesmo se aplica, aos líderes. Quando apresentarem a sua empresa ou equipa, é bom que enalteçam publicamente as mesmas, certamente obterão melhores resultados e um maior respeito por parte de todos os "stakeholders".
Gestor e professor universitário
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media - Grupo Cofina. Consulte as condições legais de utilização.