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Durão Barroso espera que Portugal não peça condições iguais às da Grécia
O presidente da Comissão Europeia afirmou hoje esperar que Portugal não reclame a aplicação do princípio de igualdade para obter as mesmas condições da Grécia, porque isso faria baixar a confiança dos investidores em Portugal.
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"O princípio está lá e pode ser eventualmente aplicado. Espero que Portugal não chegue a uma situação como a da Grécia, em que tenha que aplicar essas mesmas condições, que já são vistas como de um país que não foi capaz de cumprir o programa. É isso que Portugal quer?", questionou José Manuel Durão Barroso numa entrevista à SIC.
Durão Barroso frisou que o objectivo de Portugal "é voltar aos mercados" no final de 2013 e que a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional consideram que "isso é possível", dado o "comportamento notável" de Portugal no cumprimento do programa.
"É notável como, em tão pouco tempo, Portugal conseguiu distinguir-se de uma situação como é a da Grécia, porque, no início, a tendência dos investidores era pôr Portugal exactamente na mesma categoria da Grécia", disse.
"Portugal vai cumprir este programa, a Grécia está a negociar um segundo programa (…) porque o primeiro não funcionou", frisou.
Durão Barroso salientou que "lutou pelo princípio da igualdade", mas sublinhou que a situação dos dois países "é de facto muito diferente" e embora haja "a possibilidade de conseguir uma equiparação das condições", isso não é desejável.
"Estamos a lidar com um problema que também é de confiança. Portugal está a conseguir, apesar das dificuldades, nomeadamente o desemprego, que é, a meu ver, o primeiro problema. Portugal está a conseguir reganhar, a pouco e pouco, a confiança dos investidores", disse.