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França: Ifrap sugere poupança de 30 mil milhões para manter "rating" máximo
Ao mesmo tempo que lidera a Europa durante a crise da dívida soberana que afectou as economias da periferia da Zona Euro, França debate-se com a sua própria urgência orçamental.

As propostas “para salvar o ‘rating’ de França” passam pelo congelamento do rendimento social mínimo, fusão de institutos de públicos e alinhamento das contribuições para a Segurança Social do sector público com o sector privado, refere jornal que cita o instituto Ifrap, de matriz ideológica “liberal”.
O instituto sugere também a venda de activos, apesar da redução do seu valor de mercado. Esta medida seria destinada a reduzir a dívida e não o défice orçamental e permitiria angariar 40 mil milhões de euros, segundo o relatório do Ifrap citado pelo “Les Echos”.
"Rating" de França é importante para que FEEF tenha fácil acesso aos mercados de dívida
O aviso da Moody's relativo à dívida de França foi levado a sério pelos líderes europeus e pelo executivo liderado por Nicolas Sarkozy. A redução do "rating" francês poderia ter impacto na capacidade que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira tem de captar financiamento nos mercados internacionais.
O ministro da Economia francês, François Fillon, assegurou ontem que vai “responder às necessidades” daquela que é a segunda maior economia da Europa e prometeu reduzir o défice.
Como o FEEF recebe garantias dos países da Zona Euro que são utilizadas para obter financiamento nos mercados de dívida, a redução do "rating" francês iria fazer com que recaísse maior pressão sobre a Alemanha. Mas iria também reduzir a influência que a França tem junto de Ângela Merkel para influenciar as políticas delineadas para que a Europa ultrapasse a crise das dívidas soberanas.