Notícia
Ministra da Justiça admite que corte de subsídios perdure após 2015
Paula Teixeira da Cruz recusa que o Governo tenha incorrido num "lapso" a propósito do calendário para a reposição dos 13.º e 14.º meses.
- Assine já 1€/1 mês
- 62
- ...

Em entrevista à Antena 1, Paula Teixeira da Cruz recusa mesmo que o Governo tenha incorrido num “lapso” a propósito do calendário para a reposição dos 13.º e 14.º meses, tal como tinha admitido o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Quanto à possibilidade de o Orçamento ser chumbado pelo Tribunal Constitucional, devido aos cortes dos subsídios, Teixeira da Cruz afirmou que tal seria uma catástrofe. “Isso seria uma catástrofe e levar-nos-ia a uma situação de incumprimento do programa de assistência financeira, como nos poderia fazer viver uma situação muito semelhante àquela que a Argentina viveu há uns anos atrás, aí sim uma profundíssima recessão. Profundíssima recessão. Maior do que aquela que estamos a atravessar. Não vale a pena iludir a realidade. Nós estamos a atravessar um período recessivo”, disse a ministra.
Paula Teixeira da Cruz considera mesmo que a instituição de mais um imposto “não chegaria para cobrir o montante” que os cofres do Estado encaixam com o corte dos subsídios de férias e de Natal.
Aludindo ao corte de subsídios e à suspensão das reformas antecipadas, a ministra da Justiça descarta a ideia de que a Lei Fundamental do país esteja neste momento “suspensa” e que a austeridade “é o único caminho possível”.
Na entrevista, a ministra defendeu ainda o fim do Tribunal Constitucional na “feição que hoje conhecemos”, mas contrapôs que há actualmente matérias mais prioritárias.
As palavras da ministra da Justiça já mereceram uma reacção por parte do PS. Para o deputado socialista Miguel Laranjeiro, citado pela Antena 1, o Governo está a ultrapassar “todos os limites da seriedade política”.