“Ainda é cedo para deitar foguetes, mas pela primeira vez, o País teve uma posição excedentária face ao exterior em conta corrente. Em termos de conta corrente, foi a primeira vez em dezenas de anos que Portugal conseguiu uma posição excedentária sobre o exterior”, destacou Passos Coelho.

“Em matéria excedentes sobre o exterior em capacidade de financiamento, este dado é crucial para que possamos encarar o nosso regresso a financiamento normal de mercado, e fechar o programa de ajustamento sem necessitar de um segundo resgate”, sublinhou o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal desta tarde.

Para o primeiro-ministro, “este dado reflecte um resultado da maior relevância para o País, numa altura em que só se enfatizam os aspectos negativos”. “Esta circunstância significa que os sacrifícios que os portugueses e as empresas têm vindo a fazer está a ser bem sucedido”, congratulou-se.

Passos Coelho lembrou que “da mesma maneira que em 40 anos nunca tivemos excedente orçamental”, pelo que, por consequência, se contribuiu para “aumentar a dívida sobre o exterior”, isso “terá de mudar para o futuro”. De outra forma, “a nossa presença na Zona Euro não é sustentável”, avisou o chefe de Governo.