Segundo os dados publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o clima económico melhorou em Agosto, graças ao contributo positivo da indústria, da construção, do comércio e dos serviços. O indicador – calculado em médias móveis de três meses – reflecte respostas dadas por empresários de cada sector sobre produção, encomendas, vendas ou stocks.
Entre Julho e Agosto, o clima económico passou de 1,3% para 1,4%, seguindo uma lenta trajectória de melhoria iniciada em Janeiro deste ano. Esta ligeira aceleração é conseguida graças à confiança na indústria e na construção estarem menos negativas, com valores de -1,1 e -31, respectivamente. No que diz respeito ao comércio, a aceleração dos últimos meses é significativa. De -0,5 em Março, saltou para 6,1 em Agosto. Em Julho estava nos 4,7. Nos serviços a melhoria não é tão clara, mas o valor continua a ser robusto. Entre Julho e Agosto, passou de 5,7 para 7,9, próximo do observado em Maio e Junho deste ano.
De referir que se os indicadores não fossem apresentados em médias móveis de três meses revelariam que a confiança na indústria está a degradar-se há dois meses. Os outros três sectores continuam a apresentar melhorias nessa óptica. As más notícias desta publicação do INE vêm da confiança dos consumidores, que não parece estar a reagir positivamente. Os dados do INE apontam para uma queda de -13 para -13,3, o terceiro mês consecutivo de quebra. "No mês de referência, a evolução do indicador resultou do contributo negativo das perspectivas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e do desemprego, enquanto as perspectivas relativas à evolução da poupança tiveram um contributo positivo", escrevem os técnicos. Se não forem utilizadas médias móveis, mas sim os valores mensais, assiste-se a uma recuperação da confiança dos consumidores entre Julho e Agosto, devido aos "contributos positivos das perspectivas relativas à evolução da situação económica do país e do desemprego", esclarece o INE. Este indicador de confiança dos consumidores resulta de respostas a um inquérito sobre a situação financeira das famílias, a situação económica do país, as perspectivas de desemprego no próximo ano e a capacidade de poupar no mesmo período de tempo.
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