"O investimento empresarial deverá apresentar uma taxa de variação nominal de 2,4% em 2014, que compara com a variação de 1,1% obtida no inquérito de Outubro de 2013", pode ler-se na publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE). "Os resultados deste inquérito apontam ainda para uma redução de 4% do investimento em 2013, traduzindo uma revisão em alta face às perspectivas reveladas no inquérito anterior (-8,3%).

As conclusões fazem parte do Inquérito de Conjuntura ao Investimento, divulgado hoje, 9 de Julho, pelo INE. A publicação questiona quase 3600 empresas sobre as suas perspectivas e intenções em investimento para este ano e em relação ao anterior. Neste caso, o inquérito foi realizado entre 1 de Abril e 30 de Junho.

A publicação aponta para um reforço do optimismo dos empresários, mas não de todos. Parece existir uma clara divisão entre grandes e pequenas empresas. Segundo os dados do INE, o crescimento esperado para este ano deve ao contributo positivo das empresas com mais de 500 trabalhadores (mais 4,1 pontos percentuais) e entre 250 e 449 trabalhadores (mais 0,8 pontos). Por outro lado, as empresas dos dois escalões mais baixos – menos de 50 trabalhadores e 50 a 249 trabalhadores – deram ambas contributos negativos de -2,3 e -0,1 pontos, respectivamente.

"O principal facto limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspectivas de venda, seguindo-se a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos", pode também ler-se na publicação.