O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse no final do Conselho Europeu que espera chegar a acordo com a União Europeia (UE) sobre os termos para a permanência do Reino Unido no bloco europeu em Fevereiro do próximo ano, abrindo a porta para a realização do referendo sobre o "Brexit" - uma eventual saída do país da UE - no verão de 2016.
"Há caminho para a realização deste entendimento em Fevereiro", disse Cameron aos jornalistas, em referência ao próximo encontro entre os líderes europeus, marcado para 18 e 19 de Fevereiro de 2016. Caso isso venha a acontecer, escreve a Bloomberg, Cameron poderia iniciar imediatamente os processos necessários para levar a cabo o referendo, que, assim sendo, teria lugar no espaço de quatro meses.
No mesmo sentido, explica o jornal britânico The Guardian que o primeiro-ministro prometeu levar a cabo o referendo antes do final de 2017, mas um entendimento em Fevereiro com a União Europeia pode abrir caminho para a realização do mesmo no verão de 2016.
No início desta semana, o ministro britânico David Lidington disse que demoraria cerca de 16 semanas desde o anúncio do referendo até à sua realização. Assim sendo, um acordo em Fevereiro pode permitir a realização da consulta pública em Junho, escreve a Reuters.
"Acredito que 2016 será o ano em que alcançaremos algo realmente vital: alterando fundamentalmente a relação entre o Reino Unido e a União Europeia e, finalmente, endereçando as preocupações do povo britânico sobre a filiação à União Europeia", disse Cameron aos jornalistas no final do Conselho Europeu, citado pela Bloomberg, acrescentando que "depois, estará nas mãos do povo britânico decidir se quer ficar ou sair [da União Europeia]".
O ‘timing’ do referendo, para decidir se o Reino Unido se mantém ou não na União europeia, é uma questão sensível na medida em que quanto mais se adia a decisão, mais prolongada é a incerteza quanto ao futuro do país e da própria Europa, explica a Reuters.
Sobre o correr das negociações, Cameron disse aos jornalistas que foram feitos "bons progressos" e que se está agora mais próximo de um acordo sobre as reformas por si propostas.
"Acredito que conseguidos fazer bem estas reformas (…). Acredito firmemente que para a nossa segurança económica e maior segurança nacional, o melhor futuro para o Reino Unido é numa União Europeia reformada", acrescentou, citado pelo The Guardian.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site do Negócios, efectue o seu registo gratuito.
Marketing Automation certified by E-GOI
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media S.A. Consulte a Política de Privacidade Cofina.