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Cavaco Silva: Austeridade orçamental não garante crescimento no futuro
Cavaco Silva reconheceu hoje que o programa de assistência financeira "encerra dificuldades e sacrifícios que não podem ser ignorados", e que suscitam algumas dúvidas.
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De acordo com o Chefe de Estado, “subsistem dúvidas, até porque o sucesso não depende só de nós, mas também da conjuntura internacional e da capacidade que a União Europeia demonstrar para resolver a crise financeira da Zona Euro”.
No seu discurso de abertura do Congresso dos Economistas, Cavaco Silva afirmou que são necessárias duas condições essenciais para que o programa de assistência possa ser bem sucedido. Por um lado, “é necessário evitar que cresça na sociedade o sentimento de que é injusta a distribuição dos sacrifícios” e, por outro lado “evitar que se instale a ideia de que não se faz tudo o que podia ser feito para dinamizar a economia”, nas palavras de Cavaco Silva.
“A necessidade de cumprir as metas é inequívoca”, destacou o responsável, acrescentando, contudo que “os programas não podem cingir-se ao plano orçamental, porque ajustamentos baseados numa trajectória recessiva são insustentáveis”.
Cavaco Silva recordou ainda alguns objectivos que considera essenciais como o aumento da produção de bens transaccionáveis (que só o sector privado poderá realizar), relançar o investimento privado e captar investimento estrangeiro de qualidade.