O líder do partido trabalhista, Jeremy Corbyn, vai lançar o seu manifesto eleitoral esta quinta-feira, 21 de novembro, mas já levantou a ponta do véu ao seu discurso. No site do partido, foram publicados excertos nos quais Corbyn se opõe reiteradamente às classes mais altas, alegando estar focado na restante população.
O "manifesto para a verdadeira mudança" está "repleto de políticas populares", assume Corbyn. O líder trabalhista garante que estas vão encontrar financiamento sem aumentar a carga fiscal sobre 95% dos contribuintes – pretende sobrecarregar apenas os 5% mais ricos. Neste sentido, adverte que "as pessoas mais poderosas no Reino Unido" vão acusar o seu programa de ser "impossível" de se concretizar, mas que o farão apenas porque não querem ver mudanças num sistema "viciado" e que funciona "a seu favor".
O líder dos trabalhistas defende que a "reação furiosa dos ricos e poderosos" em relação às suas políticas é prova de que este está do lado do comum eleitor. "Se os banqueiros e bilionários considerassem que representamos [o partido trabalhista] a política como tem sido regra, que podemos ser subornados, que nada iria realmente mudar, não nos atacariam tão ferozmente", dirá. Vai mais longe e afirma que os bilionários, os super-ricos, os maus patrões e até os grandes poluidores "dominam" o partido concorrente, o Conservador. A suportar esta acusação, aponta para que um terço dos bilionários britânicos tenha feito doações para este partido.
Nos planos apresentados pelos trabalhistas, o político promete um investimento de 75 mil milhões de libras em alojamento social ao longo dos próximos cinco anos e ainda um investimento de 100 mil milhões de libras na Escócia. Corbyn compromete-se ainda a aumentar o salário mínimo para as 10 libras por hora.
Além disto, uma das medidas mais badaladas das que foram sendo anunciadas pelos trabalhistas é a do acesso livre e gratuito à rede de fibra ótica britânica. Para isso, propõe nacionalizar a unidade da empresa da britânica BT que gere a fibra ótica.
Jeremy Corbyn tenta desta forma destacar-se do oponente, Boris Johnson, cujo foco da campanha é o Brexit. Num debate entre os oponentes, o líder trabalhista demonstrou uma posição não vincada em relação a esta que tem sido das questões mais importantes na vida pública do Reino Unido.
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