Notícia
Crescimento em Portugal continuará a ser o mais baixo da União Europeia
Bruxelas reviu em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano e o próximo, mas para um valor que continua a ser o mais baixo na União Europeia, mantendo a tendência de divergência pelo sétimo ano consecutivo.
Bruxelas reviu em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano e o próximo, mas para um valor que continua a ser o mais baixo na União Europeia, mantendo a tendência de divergência pelo sétimo ano consecutivo.
Nas Previsões Económicas da Primavera, hoje divulgadas, a Comissão Europeia revê em alta de 0,3 pontos percentuais a estimativa de crescimento da economia portuguesa em 2007, para 1,8%, valor que é igual às estimativas do Governo.
Para o próximo ano, Bruxelas também reviu em alta de 0,3 pontos percentuais as últimas previsões, do Outono passado, para 2,0%, um ritmo de crescimento inferior em 4 décimas ao previsto por Lisboa no Programa de Estabilidade actualizado em Dezembro último.
O ritmo de crescimento previsto para este a para o próximo é assim inferior ao estimado para a Zona Euro, cuja economia deverá expandir-se 2,6% este ano e 2,5 no próximo, e também inferior ao previsto para a União Europeia, que deverá crescer 2,9% este ano e 2,7 no próximo.
Portugal deverá, por isso, continuar a afastar-se dos seus parceiros europeus pelo sétimo ano consecutivo em 2008, se as previsões agora publicadas se confirmarem.
A Comissão Europeia diz "esperar que a actividade [económica em Portugal] continue numa trajectória de ascensão moderada".
Em 2007 e 2008, a procura interna deverá mostrar-se uma maior capacidade de recuperação do que em 2006 e o investimento não deverá influenciar negativamente o produto, segundo Bruxelas.
Por outro lado, o ajustamento do sector da construção "não parece" estar terminado e o comportamento projectado do consumo dos agregados familiares está limitado por condições financeiras provocadas pelas elevadas taxas de endividamento e baixo crescimento dos salários.
Bruxelas também prevê que as exportações portuguesas continuarão a crescer "a um ritmo rápido" mas inferior ao de 2006.