A taxa de desemprego em Espanha atingiu, no final de Setembro, os 25,02%, revelou esta manhã o instituto de estatística espanhol. Este valor representa uma subida face ao trimestre anterior, altura em que tinha chegado aos 24,6%.

Espanha tem assim uma das taxas de desemprego mais elevadas da União Europeia, apenas superada pela Grécia. No total, são 5.778.100 de desempregados. Ou seja, um em cada quatro espanhóis não tem emprego.

"Cinco anos após o início da crise, Espanha continua a ser uma triste fábrica de desempregados", escreve o jornal espanhol "El País". Se olharmos para a evolução do desemprego no país, podemos ver que em 2007 a taxa estava nos 7,95%. Desde aí, a tendência tem sido sempre ascendente tendo chegado aos 25,02% no terceiro trimestre de 2012.

Só entre Julho e Setembro, o número de pessoas que ficaram sem emprego totalizou 85 mil, elevando, assim, para 5.778.100 o número total de desempregados no país.

"A situação é séria", afirma o economista Ricardo Santos do BNP Paribas à agência Bloomberg, alertando que ainda espaço para novos agravamentos da taxa de desemprego. "A actividade económica é fraca e o governo quer reduzir o número de trabalhadores temporários na função pública, em especial nas áreas da educação e da saúde".

As previsões dos economistas ouvidos pela agência Bloomberg apontam para uma contracção económica de 1,4% em 2013 (as estimativas do governo são mais optimistas e indicam uma queda de 0,5% do PIB). Neste contexto ecnómico tão adverso, já há estimativas que apontam para uma taxa de desemprego acima dos 27% em 2014.

(Notícia actualizada às 09h04)