A escalada do euro tem prejudicado mais a Zona Euro do que Portugal, revelam os indicadores de competitividade calculados pelo Banco de Portugal e pelo BCE. Benefícios da transformação que tem marcado a economia portuguesa nos últimos anos e a face boa de uma moeda que no reverso tem falências, desemprego crescente e contenção salarial.

"Finalmente Portugal conseguiu alguma melhoria na competitividade", diz Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI quando questionada sobre a evolução das taxas de câmbio efectivas em Portugal e na Zona Euro. Entre Dezembro de 2006 e Dezembro do ano passado a taxa de câmbio efectiva valorizou 5,4% na eurolândia e apenas 1,24% em Portugal. Uma diferença que se acentuou no último ano, mas que se sente desde início de 2006.