Responsáveis do Ministério das Finanças têm dito que a pressão de cobrança sobre os contribuintes irá suavizar-se, reagindo às críticas de excesso de zelo e ao crescente número de processos judiciais. Esta não é, contudo, a mensagem que está a passar aos investidores internacionais que compraram as obrigações que têm como colateral os créditos fiscais titularizados em 2003.

Na nota de balanço do oitavo semestre de cobranças - as quais, em termos acumulados, estão ainda a 75% do que foi "prometido" - o Executivo mantém o discurso de pressão sobre as cobranças e, num conjunto de novas medidas tomadas para melhorar o seu desempenho, diz mesmo que vai exercer "maior pressão sobre os contribuintes para que paguem as suas dívidas depois dos seus activos terem sido penhorados ou, em alternativa, encontrar forma de vender esses activos a favor do Estado".