A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou hoje, citada pelo “Expansión”, que Espanha “está a levar muito a sério a situação” e os problemas do sector financeiro, tendo considerado que as medidas do governo espanhol para sanear este sector são “muito boas”.

Este apoio de Lagarde foi demonstrado no arranque da reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial, depois de a vice-presidente da CE, Viviane Reding, ter também defendido – numa entrevista ao “Cinco Días” - as medidas tomadas pelo governo de Mariano Rajoy. Ontem, o director do departamento financeiro do FMI, José Viñals, também sublinhou que Espanha “está na direcção certa”.

Estes apoios surgem numa altura em que as pressões sobre os juros da dívida pública espanhola se intensificam e em que a bolsa de Madrid renova mínimos de Março de 2009. O IBEX-35 quebrou já o patamar dos 7.000 pontos. Além disso, o prémio de risco (diferencial entre as obrigações soberanas de Espanha e da Alemanha) disparou para 422 pontos.

Apesar destas mais recentes manifestações de apoio a Espanha, as tensões nos mercados continuam. O Ibex-35 perde mais de 19% no acumulado de 2012, estando entre os que mais cai em todo o mundo.

Christine Lagarde disse ainda, citada pelo “El Mundo”, que os fundos europeus de resgate podem ajudar o sector financeiro de um país, se bem que estejam, em princípio, pensados para resgatar países.

Os fundos europeus de resgate “têm a fórmula de prestar ajuda aos governos, mas possivelmente isso também se poderia fazer sem os governos”, declarou, em alusão aos empréstimos ao sector bancário.