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França corta 34 mil postos de trabalho na Defesa nos próximos seis anos
A indústria pública militar vai continuar a emagrecer até 2019, de acordo com um orçamento que será apresentado esta sexta-feira pelo Governo francês.
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O orçamento para a Defesa de França nos próximos seis anos prevê o corte de 34 mil postos de trabalho, na ordem dos 12%. “A França mantém o seu esforço de Defesa, mas o exército continua a sua cura de emagrecimento”, resume o “Le Fígaro”.
É um orçamento de 190 mil milhões de euros entre 2014 e 2019, sendo que 31,4 mil milhões são a dotação anual entre 2014 e 2016. Este montante representa uma estagnação face ao valor que foi destinado para a Defesa este ano.
A proposta de orçamento militar para o período 2014-2019, a apresentar pelo ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian no conselho de ministros francês desta sexta-feira, inscreve-se no esforço de redução do défice orçamental, algo que é paralelo aos vários Estados-membros da Zona Euro.
No anterior orçamento (2008-2013), já estava prevista a eliminação de 10.000 postos de trabalho no sector. Com o novo plano, é adicionado o corte de mais 23.500 empregos, 16.000 dos quais em cargos administrativos, segundo a Reuters. No final do processo, contar-se-ão menos 82.000 empregos na Defesa, entre militares e cargos administrativos. No activo, ficarão cerca de 242.000 funcionários na área militar.
Apesar das supressões de cortes de trabalho que já foram feitas nos últimos cinco anos, a massa salarial continuou a engordar. O objectivo do novo orçamento é baixar os gastos com pessoal. A Reuters escreve que estavam a ser programadas cortes mais drásticos mas que foram evitados após alertas de forças militares de que a França poderia ficar sem capacidade para responder a ameaças de segurança a nível global. No último ano, os gauleses estiveram na intervenção no Mali.
De acordo com o “Le Fígaro”, o documento começa a ser discutido no Senado em Outubro, com o objectivo de entrar em vigor no final do ano.