Notícia
Juros da dívida portuguesa voltam a colar-se aos 7% (act.)
As taxas de juro subjacentes aos títulos da dívida publica portuguesa a dez anos estão hoje, uma vez mais, em forte alta, tendo já pontualmente ultrapassado a barreira psicológica dos 7%.
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O agravamento dos juros estende-se a todos os prazos de maturidade, sendo particularmente acentuado nos mais curtos.
Espanha, Bélgica e sobretudo Irlanda estão igualmente a assistir a um agravamento dos sinais em torno das suas condições de financiamento. A dez anos, as taxas implícitas às obrigações soberanas espanholas sobem 5,7 pontos base para 5,49%; as belgas agravam-se 7,4 pontos para 4,19%, ao passo que as irlandesas disparam 35,6 pontos para 8,726%.
Também as taxas alemãs estão a subir, mas em nenhum dos prazos esse agravamento é superior a seis pontos base. A dez anos, os juros subjacentes às "bunds" - consideradas o activo mais seguro, e logo o que menos remunera - estão a rondar 3%.
Esta nova subida dos juros soberanos na periferia do euro surge numa altura em que o reforço e a flexibilização do uso do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) abriram uma nova brecha na Zona Euro, com os países com finanças públicas relativamente em ordem e "ratings" máximos - encabeçados pela Alemanha - a resistirem a uma proposta que temem produzir efeitos perversos, ao incentivar os menos disciplinados a relaxarem os seus esforços de consolidação orçamental, e que receiam poder também comprometer os "rating" máximos de que dispõem e que lhes garantem condições mais benignas de financiamento.