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Juros da dívida voltam a abrir em recorde

A dívida portuguesa inicia mais uma sessão sob forte pressão dos mercados. As taxas estão a subir em todos os prazos e já ultrapassaram os 10,35% na maturidade a cinco anos.

Edgar Caetano edgarcaetano@negocios.pt 14 de Abril de 2011 às 09:19
Os juros exigidos pelos investidores para negociarem entre si dívida nacional continuam a renovar máximos desde a entrada na Zona Euro.

A taxa a cinco anos já sobe 10 pontos base e ultrapassou os 10,35%, segundo os dados genéricos da Bloomberg, ao passo que no prazo a 10 anos a “yield” está nos 8,79%.

A escalada dos juros das Obrigações do Tesouro nada altera na situação de emergência que o País vive. Isto porque o mercado de dívida de longo prazo está há meses encerrado para Portugal. Mas a subida das "yields" mostra a cada vez maior "toxicidade" associada à dívida nacional.

Sem acordo à vista quanto ao pacote de ajuda externa e com o presidente do Eurogrupo, Jean--Claude Juncker, a descrever a situação política portuguesa como "precária", os investidores voltam a despejar títulos de dívida portuguesa no mercado.

Os receios face à solvência futura de Portugal estão a aumentar a pressão vendedora de obrigações portuguesas no mercado secundário, a preços cada vez mais "de saldo". O que faz com que, em simultâneo, as taxas de rendibilidade ("yields") implícitas subam em flecha.

A dilatar-se está também o “spread” de risco na comparação com a Alemanha. Os investidores estão a exigir uma margem de risco de 537 pontos base para deter dívida nacional em detrimento da referência alemã.

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