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Juros no crédito à habitação caem pela primeira vez desde Dezembro de 2005

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se, no mês de Março, em 5,591%, interrompendo a série de subidas iniciada em Dezembro de 2005. A tendência de descida não deverá manter-se em Abril dada a escalada recente das

Maria João Soares mjsoares@negocios.pt 22 de Abril de 2008 às 12:03

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se, no mês de Março, em 5,591%, interrompendo a série de subidas iniciada em Dezembro de 2005. A tendência de descida não deverá manter-se em Abril dada a escalada recente das taxas euribor.

A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação fixou-se em 5,591%, em Março, o que representa uma diminuição de 0,078 pontos percentuais (p.p.) face a Fevereiro de 2008.

A descida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos em vigor ocorreu em todos os períodos e destinos de financiamento considerados, revelam os dados do Insituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro para os contratos celebrados nos últimos 3 meses desceu para 5,368%, nos últimos seis meses para 5,255% e nos últimos 12 meses para 5,224%.

Este comportamento não deverá manter-se no mês de Abril. Hoje as taxas Euribor voltaram a valorizar, com o indexante utilizado nos créditos à habitação, a seis meses, a avançar para um novo máximo de meados de Dezembro, com o mercado a reagir às declarações dos responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) que admitem rever a taxa de juro directora para travar a escalada da inflação.

A euribor a seis meses atingiu um novo máximo de 18 de Dezembro, completando assim a oitava sessão de ganhos e a décima sexta consecutiva sem descer.

No mês de Março, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor foi de 53.143 euros, traduzindo um acréscimo de 176 euros face ao mês anterior.

Em relação aos destinos de financiamento considerados, o valor médio do capital em dívida na totalidade dos contratos associados à aquisição de habitação foi de 56.999 euros, mais 191 euros do que em Fevereiro, enquanto nos contratos para construção de habitação foi de 41.142 euros, traduzindo um acréscimo de 58 euros. Nos contratos associados à aquisição de terreno para construção de habitação, a que corresponde o valor médio do capital em dívida mais elevado (91.646 euros), registou-se uma diminuição de 433 euros face ao mês anterior.

O valor médio da prestação vencida nos contratos celebrados nos últimos 3 meses fixou-se em 458 euros, o que representou uma estabilização face ao mês anterior, ficando este valor muito acima do valor médio do conjunto dos contratos em vigor, que foi de 350 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos 6 e 12 meses, os valores médios das prestações vencidas foram de 447 e de 453 euros, ambos inferiores em 5 euros aos valores correspondentes verificados em Fevereiro.

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