"A união monetária está efetivamente mais resiliente do que há 10 anos, mas ainda não o suficiente", afirmou Lagarde em Paris, numa conferência organizada pelo Banco de França, advertindo que as perspetivas para a economia mundial estão a degradar-se.
A dirigente do FMI lembrou que a Zona Euro "foi abalada por uma violenta tempestade durante a crise financeira mundial" de 2008 "e depois pela crise da dívida soberana da Zona Euro".
"Várias famílias e empresas ainda têm as dolorosas cicatrizes do ocorrido, fonte das disparidades económicas entre países-membros", sublinhou na conferência organizada por ocasião dos 20 anos da moeda única.
"O sistema bancário está mais seguro, mas não o suficiente", acrescentou, afirmando que "não seria errado dizer que a Europa tem sido lenta a produzir um ecossistema financeiro plenamente desenvolvido".
Para Lagarde, "agora é a hora de dar um novo impulso às finanças na Zona Euro".
"Aos 20 anos, chegou o momento de a zona euro dar novo impulso e terminar a união bancária e dos mercados de capitais", sublinhou.
Lagarde defendeu que se estabeleça "um sistema comum de garantia de depósitos" que seja financiado pelos bancos e não pelos contribuintes.
Para o conseguir, a União Europeia deve dotar-se de "um sistema bancário capaz de resistir a tempestades" para diversificar "os riscos no conjunto do ecossistema e fomentar o crescimento".
"Exorto os dirigentes da zona euro a reavivar o debate, a negociar de boa-fé e a fazer compromissos difíceis, para libertar todo o potencial da união bancária", disse a diretora-geral do FMI.
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