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Mersch considera que discurso do BCE pode tornar-se mais duro já na próxima reunião
A inflação deverá levar a que a postura do Banco Central Europeu se torne mais duro já na próxima reunião. Quem alerta para este cenário é Yves Mersch, que aponta para a possível inevitabilidade do BCE começar a subir juros, devido à inflação.
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Os responsáveis pelo BCE terão, “inevitavelmente” de “reconsiderar a posição da nossa política monetária”, caso a inflação se mantenha em níveis superiores aos 2%, num contexto de recuperação económica.
Os últimos dados revelaram que a inflação acelerou para 2,4%, em Janeiro, na Zona Euro, e que o crescimento económico homólogo foi de 2%. Estes dois factores em conjunto, aumentaram a especulação em torno da subida de juros por parte do BCE.
O consenso dos economistas ainda aponta para o final deste ano como a primeira vez que o BCE subirá o preço do dinheiro da Zona Euro, mas são cada vez mais especialistas a anteciparem o início do ciclo de aumentos de juros.
Na conferência de imprensa de Janeiro, que se seguiu à reunião de governadores, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, centrou o seu discurso novamente na importância de controlar a inflação. As palavras do responsável foram recebidas pelos investidores como um alerta para possíveis subidas de juros antes do que estava a ser antecipado. Já na reunião de Fevereiro, Trichet optou por suavizar as palavras.
Na próxima semana, haverá novo encontro de governadores e posteriormente nova conferência de imprensa, com os mercados expectantes em relação às palavras de Trichet. Quanto à taxa de juro, não deverá haver qualquer alteração, com a autoridade monetária a manter o preço do dinheiro no mínimo histórico de 1%.