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Paulo Macedo anuncia contratação de médicos e enfermeiros e desmente fecho de centros de saúde

Paulo Macedo garantiu esta tarde que o Ministério da Saúde está preparado para o pico de procura do Inverno, tendo contratado 300 profissionais de saúde e fazendo a maior vacinação contra a gripe de sempre. E anunciou novas contratações.

Miguel Baltazar
Bruno Simões brunosimoes@negocios.pt 08 de Janeiro de 2015 às 18:19

Paulo Macedo foi chamado ao Parlamento pelo PS para explicar as longas horas de espera nas urgências dos hospitais públicos no final do ano passado, e negou as acusações, por parte da oposição, de impreparação e desinvestimento do Governo. "Reunimos com os hospitais, com as ARS, aumentámos a linha Saúde 24, autorizámos mais de 300 contratações só nestes meses para poder acautelar o Inverno", enumerou o ministro da Saúde. E esse movimento de contratações vai continuar, garantiu.

 

"Tivemos o maior planeamento de gripe da história em Portugal, com 1,5 milhões de pessoas vacinadas", lembrou.

 

Quanto às situações que envolveram três mortes e provocaram longas horas de espera, Paulo Macedo disse que é necessário "aguardar pelos resultados do inquérito", que é aberto "de forma automática". "Reconheço que há picos de urgência totalmente indesejáveis", porém, o que muda face a anos anteriores, nem é aumento da afluência. "Este tipo de pessoas que está a correr aos hospitais não é em muito maior número"; mas "muitos doentes têm situações de maior gravidade, o que leva a que os doentes tenham mais horas de internamento e exames", explicou.

 

Macedo explicou que, face a 2010, existem hoje mais 2.500 médicos no Serviço Nacional de Saúde. E o Ministério da Saúde "contratou esta semana 1.700 médicos", além de ter contratado "mil enfermeiros em 2014, o dobro de 2013". Graças a um concurso para profissionais de medicina geral e familiar feito no ano passado, entraram no SNS 50 médicos que transitaram do sector privado, explicou Macedo aos jornalistas no final do debate.

 

Mas o recrutamento vai continuar. "Vamos abrir um concurso para médicos de medicina geral e familiar aberto a todos os especialistas, vamos contratar fora do SNS", num universo que engloba "todos os médicos em Portugal". Esse concurso terá 200 vagas. Por outro lado, vai ser aberto um outro concurso para várias especialidades, entre as quais "anestesia, radiologia e urologia", durante o próximo mês de Fevereiro.

 

A acompanhar o reforço da contratação de médicos, Paulo Macedo anunciou que vai contratar 1.700 enfermeiros. "Vamos renovar urgências que não têm capacidade, como a da Amadora, Caldas da Rainha ou Gaia", e a linha Saúde 24 "informou-nos que vai abrir um ‘call center’ em Coimbra para contratar enfermeiros" e responder ao aumento de procura.

 

O ministro também recordou a injecção de verbas para reduzir as dívidas dos hospitais. "Pusemos três mil milhões de euros [nos hospitais] nestes anos. Tirámos todos os hospitais da falência técnica. É esta a herança que vamos deixar, contrariamente à que recebemos". Com isso, espera o ministro, os hospitais deverão recuperar a capacidade de fazer encomendas.

 

Fecho de centros de saúde no Norte não vai acontecer

 

O ministro também abordou a notícia que hoje faz manchete no Jornal de Notícias: o encerramento dos centros de saúde à noite e ao fim-de-semana, em especial na zona do Minho e na Área Metropolitana do Porto. "Não encerrará qualquer serviço de proximidade neste período e se isso vier a acontecer só depois de muito bem explicadas as vantagens", antecipou. Aos jornalistas, Macedo explicou que isso não vai ocorrer nem em Janeiro nem em Fevereiro.

 

A oposição deixou várias críticas ao ministro, e João Semedo, do Bloco de Esquerda, foi um dos mais contundentes. "A sua política pode poupar muitos euros mas não poupa vidas. A sua primeira responsabilidade é salvar vidas, é poupar vidas, é a responsabilidade também do SNS. Foram negligentes e irresponsáveis. De que tragédia está à espera para mudar de política? Que tragedia é preciso acontecer no SNS para corrigir a sua política?", questionou.

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