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"Chega de dar tiros nos pés"
Luís Marques Mendes fez um forte apelo à união dentro do PSD, pedindo lealdade para com o líder que vier a ser eleito daqui a duas semanas. Isto numa altura em que "cheira a fim de regime" e que "as tricas no PSD são o maior seguro de vida de Sócrates".

O ex-presidente do PSD acredita que “mais cedo do que se imagina o PSD vai fazer muito de importante para Portugal”, pelo que o futuro líder social-democrata, a eleger a 26 de Março, “não pode ser fragilizado nem diminuído a seguir à eleição”.
“O líder que vier a ser eleito tem de ter tempo e condições para se afirmar e afirmar o partido como alternativa a Portugal”, começou por dizer. “Chega de dar tiros nos pés, chega de eleger um líder e logo a seguir congeminar a sua saída, chega de dar oportunidades a José
Sócrates e ao governo do PS”, acrescentou depois.
Marques Mendes lembrou os militantes que enchem o pavilhão de Mafra que “um partido sem unidade cá dentro não é respeitado lá fora”, pelo que o PSD deve perceber que “a trica e a intriga não servem rigorosamente a ninguém dentro do PSD, mas são o maior seguro de vida
dos nossos adversários”.
Tal como aconteceu em todas as outras grandes intervenções (à excepção de Alberto João Jardim, que iniciou período de tréguas com o Governo após a tragédia madeirense), José Sócrates não ficou de fora das críticas do ex-presidente laranja. Até porque está “politicamente sob suspeita e fragilizado como poucas vezes aconteceu em Portugal a um primeiro-ministro”.
Face ao actual “pântano político e encruzilhada económica e social”, Marques Mendes resumiu que o PSD “não pode perder tempo com questões internas porque os portugueses querem respostas para os seus problemas e não para as sensibilidades pessoais” dentro do partido.