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"É dramático ter de aplicar rigor sem crescimento económico"

O antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors considerou hoje que Portugal está a implementar medidas de rigor inevitáveis, mas advertiu que tal será insuficiente se a União Europeia não fizer a parte que lhe compete, de estimular o crescimento.

"É dramático ter de aplicar rigor sem crescimento económico"
Negócios com Lusa 20 de Outubro de 2011 às 15:29
Falando após um encontro com o secretário-geral do PS, António José Seguro, o antigo presidente do executivo comunitário criticou a resposta da UE à crise -"demasiado tardia e demasiado curta" -, e defendeu que para a ultrapassar é necessário disponibilizar aos Estados-membros os meios para relançar o crescimento económico, ou os esforços de países com planos de austeridade, como Portugal, serão "demasiado duros".

Segundo Delors, "Portugal tomou as medidas necessárias, mas entretanto deve fazer face, como os outros países, ao abrandamento da economia europeia, e a questão dramática que se coloca é de como aplicar um plano de rigor necessário, cortando nas despesas públicas, sem que haja crescimento económico".

"Ai, não há resposta possível (por parte dos governos), é preciso que seja a UE a fornecer os meios do relançamento", sustentou.

Jacques Delors disse que a sua "fórmula" continua a mesma de sempre, ou seja, que aos governos nacionais compete o rigor orçamental, "e não há forma de o evitar", e à União Europeia compete encontrar os meios para relançar o crescimento económico.

"É possível mobilizar os fundos para permitir a Portugal, por exemplo, prosseguir o seu programa de desenvolvimento de infraestruturas", mesmo num contexto de contenção da despesa pública, exemplificou.

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