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"Não tenho hoje comigo uma solução definitiva para os problemas da guerra"
Na entrega do prémio Nobel da Paz, Barack Obama falou de guerra. Reconheceu que, muitas vezes, a guerra é necessária para alcançar a paz. E que o "desejo de paz raramente é suficiente para alcançar a paz". "A paz exige sacrifício e responsabilidade". Veja aqui o vídeo.
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Na entrega do prémio Nobel da Paz, Barack Obama falou de guerra. Reconheceu que, muitas vezes, a guerra é necessária para alcançar a paz. E que o "desejo de paz raramente é suficiente para alcançar a paz". "A paz exige sacrifício e responsabilidade".
Aos presentes na cerimónia de entrega do prémio Nobel, o presidente Barack Obama começou por referir que as suas conquistas são pequenas quando comparadas com as de Martin Luther King ou Nelson Mandela.
Além disso, prosseguiu Obama, a sua distinção chamou a atenção pelo facto de ser actualmente o “comandante-em-chefe de duas guerras”.
A guerra acabou por dominar parte do discurso de agradecimento de Obama. “Reconheço a verdade dura de que não é possível erradicar os conflitos violentos da face da Terra. Tenho em mente os exemplos de Gandhi e Martin Luther King. Mas como chefe de Estado tenho que olhar para o mundo tal como ele é. Não posso ficar parado face às ameaças contra o povo americano. Dizer que a força às vezes é necessária não é uma demonstração de cinismo”, afirmou Obama.
“Os Estados Unidos ajudaram a criar segurança mundial durante mais de seis décadas. Ajudaram a promover a paz e a prosperidade. Sofremos este fardo não porque quisemos impor a nossa vontade mas porque era esse o nosso interesse, em nome do bem dos nossos filhos e dos filhos dos outros”.
Obama reconheceu que a América não pode obrigar os outros a seguir leis que os próprios americanos não seguem. Mas acrescentou que a América sozinha não pode manter a paz. “O desejo de paz raramente é suficiente para alcançar a paz. A paz exige sacrifício e responsabilidade”, disse Obama.
Esta paz que Obama falou não é “apenas a ausência de conflito”. É uma paz “justa, duradoura e sustentada nos direitos humanos”.
"Obama percebe que até os mais fortes são vulneráveis quando estão sozinhos"
Antes do discurso de Obama, o presidente do Comité do Nobel, Thorbjorn Jagland, afirmou que o “prémio deste ano deve ser visto à luz da actual situação mundial, com grande tensão, numerosas guerras, conflitos por resolver e confrontos em muitas frentes em todo o mundo. Existe um iminente perigo de proliferação de armas nucleares, degradação do ambiente e aquecimento global”.
“Desde o primeiro momento da sua presidência, o presidente Obama tem tentado criar um clima de maior cooperação que pode reverter a actual situação. Ele já conseguiu diminuir a temperatura do mundo”.
Aos que consideram que este prémio foi atribuído muito cedo, Jagland referiu que ao longo da história “têm existido muitas oportunidade perdidas”. “É agora que temos a oportunidade de apoiar os ideais do presidente Obama. O prémio deste ano é também um pedido de acção a todos nós”, referiu Thorbjorn Jagland.
Para o comité norueguês, em menos de um ano à frente da presidência dos Estados Unidos, Obama já alcançou muitas coisas: “a diplomacia multilateral ganhou um papel central, com ênfase no papel das Nações Unidas e de outras instituições internacionais; a tortura foi proibida e o presidente está a fazer o que pode para encerrar Guantánamo; os direitos humanos e a lei internacional passaram a ser os princípios basilares”.
“O Presidente Obama é um líder político que percebe que até os mais fortes são vulneráveis quando estão sozinhos. Obama tem a audácia da esperança e a tenacidade de tornar esta esperança verdadeira. É isso que o torna tão importante. Com o seu comportamento e liderança tem-nos levado a todos a assumirmos a parte de responsabilidade na resposta aos desafios globais”, acrescentou o presidente do Comité norueguês.

A guerra acabou por dominar parte do discurso de agradecimento de Obama. “Reconheço a verdade dura de que não é possível erradicar os conflitos violentos da face da Terra. Tenho em mente os exemplos de Gandhi e Martin Luther King. Mas como chefe de Estado tenho que olhar para o mundo tal como ele é. Não posso ficar parado face às ameaças contra o povo americano. Dizer que a força às vezes é necessária não é uma demonstração de cinismo”, afirmou Obama.
“Os Estados Unidos ajudaram a criar segurança mundial durante mais de seis décadas. Ajudaram a promover a paz e a prosperidade. Sofremos este fardo não porque quisemos impor a nossa vontade mas porque era esse o nosso interesse, em nome do bem dos nossos filhos e dos filhos dos outros”.
Obama reconheceu que a América não pode obrigar os outros a seguir leis que os próprios americanos não seguem. Mas acrescentou que a América sozinha não pode manter a paz. “O desejo de paz raramente é suficiente para alcançar a paz. A paz exige sacrifício e responsabilidade”, disse Obama.
Esta paz que Obama falou não é “apenas a ausência de conflito”. É uma paz “justa, duradoura e sustentada nos direitos humanos”.
"Obama percebe que até os mais fortes são vulneráveis quando estão sozinhos"

Antes do discurso de Obama, o presidente do Comité do Nobel, Thorbjorn Jagland, afirmou que o “prémio deste ano deve ser visto à luz da actual situação mundial, com grande tensão, numerosas guerras, conflitos por resolver e confrontos em muitas frentes em todo o mundo. Existe um iminente perigo de proliferação de armas nucleares, degradação do ambiente e aquecimento global”.
“Desde o primeiro momento da sua presidência, o presidente Obama tem tentado criar um clima de maior cooperação que pode reverter a actual situação. Ele já conseguiu diminuir a temperatura do mundo”.
Aos que consideram que este prémio foi atribuído muito cedo, Jagland referiu que ao longo da história “têm existido muitas oportunidade perdidas”. “É agora que temos a oportunidade de apoiar os ideais do presidente Obama. O prémio deste ano é também um pedido de acção a todos nós”, referiu Thorbjorn Jagland.
Para o comité norueguês, em menos de um ano à frente da presidência dos Estados Unidos, Obama já alcançou muitas coisas: “a diplomacia multilateral ganhou um papel central, com ênfase no papel das Nações Unidas e de outras instituições internacionais; a tortura foi proibida e o presidente está a fazer o que pode para encerrar Guantánamo; os direitos humanos e a lei internacional passaram a ser os princípios basilares”.
“O Presidente Obama é um líder político que percebe que até os mais fortes são vulneráveis quando estão sozinhos. Obama tem a audácia da esperança e a tenacidade de tornar esta esperança verdadeira. É isso que o torna tão importante. Com o seu comportamento e liderança tem-nos levado a todos a assumirmos a parte de responsabilidade na resposta aos desafios globais”, acrescentou o presidente do Comité norueguês.