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S&P reitera «rating» da dívida de Portugal
A Standard & Poor´s reafirmou hoje o «rating» de Portugal de «AA-» no longo-prazo e de «A-1+» no curto-prazo com um «outlook» estável. Os «’ratings’ de Portugal reflectem a deterioração abrupta das finanças públicas nos últimos anos, e o ambiente comp
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A Standard & Poor´s reafirmou hoje o «rating» de Portugal de «AA-» no longo-prazo e de «A-1+» no curto-prazo com um «outlook» estável.
Segundo o comunicado da agência de «rating» internacional Standard & Poor’s, os «’ratings’ de Portugal reflectem a deterioração abrupta das finanças públicas nos últimos anos, e o ambiente competitivo dado o enfraquecimento da economia e a profundidade das reformas necessárias para inverter a deterioração das contas do fisco e o ritmo de crescimento da economia».
O analista de crédito da S&P, Trevor Cullinan acrescenta no mesmo comunicado que o «rating» de Portugal também reflecte o consistente aumento da divergência de outros pares do «rating AA» em termos do PIB «per capita», e o défice geral do governo e os rácios da dívida, que se mantém acima da dos seus pares, como consequência do contínuo fraco crescimento da economia e da «pobre» performance fiscal.
A administração estima que o défice estatal se situe em 6% do produto interno bruto de 2005, devido quer ao enfraquecimento estrutural e ao fim da política de medidas extraordinárias que tinham o objectivo de reduzir o défice para baixo dos 3%. Segundo a S&P, o governo português «embarcou» num programa para trazer o défice para baixo deste alvo até 2007.
A S&P prevê reduções modestas no défice geral do Estado como resultado do programa da reforma do Governo e afirma que não espera que os efeitos dessa reforma sejam suficientes para provocar uma reversão na trajectória ascendente do nível de endividamento, a médio-prazo.
«Os ‘ratings’ ficariam sob pressão caso o Governo fosse incapaz de fazer baixar os níveis de despesas correntes para uma tendência negativa, tal como indicado no programa de estabilidade e crescimento apresentado em Dezembro de 2005», acrescenta a S&P.
A implementação efectiva do programa de reforma do Estado resultou na convergência sustentada com as medias dos «AA» para o crescimento do PIB «per capita» e o défice geral do governo e os rácios de crédito, que deverão suportar o crédito de «rating» de Portugal.