Os investimentos ficaram na gaveta. José Eduardo dos Santos preferiu guardar para Cavaco Silva um prato mais suculento em tempo de crise, a promessa presidencial de que Angola vai começar a pagar as suas dívidas às Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas. E que já chegou a acordo para fazer o mesmo com as grandes construtoras, embora de forma faseada.

A visita de Cavaco Silva, só por isso, foi coroada de êxito. Existem depois os pequenos sinais que confirmam esta tese, como o facto de Eduardo dos Santos se ter deslocado ao Cacuaco - arredores de Luanda - na terça-feira para participar na inauguração de uma fábrica da Mota-Engil, cujos parceiros em Angola são a Sonangol e o banco BPA. Logo ele, tão selectivo nas suas saídas do Palácio da Cidade Alta.