Notícia
Volume de crimes económicos investigados pela PJ atingiu 800 milhões de euros
O volume de crimes económicos e financeiros investigados o ano passado pela Polícia Judiciária (PJ) foi de 800 milhões de euros, dois terços dos quais fraudes relacionadas com o IVA, afirmou hoje o director-geral adjunto da PJ, segundo a Lusa.
- Assine já 1€/1 mês
- ...
O volume de crimes económicos e financeiros investigados o ano passado pela Polícia Judiciária (PJ) foi de 800 milhões de euros, dois terços dos quais fraudes relacionadas com o IVA, afirmou hoje o director-geral adjunto da PJ, segundo a Lusa.
Mouraz Lopes, que falava aos jornalistas à margem do seminário internacional sobre corrupção, fraude e branqueamento de capitais, organizado pela PJ em parceria com o Banco de Portugal e a Europol, referiu que esta «é uma realidade que está a crescer no país e por isso o seu combate tem sido reforçado».
Nesse sentido, a Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira da PJ foi reforçada recentemente com 21 novos elementos.
Mouraz Lopes afirmou que estes são crimes «muito difíceis de investigar», mas «trágicos» para os cidadãos, pois é o Estado quem acaba por ser lesado.
O director-geral adjunto da PJ nomeou o caso das fraudes com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), particularmente, o esquema do «carrossel do IVA», através do qual as empresas efectuam transacções fictícias para recuperar indevidamente dinheiro ao fisco.
A sessão de abertura do seminário contou com a presença do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que alertou para a necessidade das instituições bancárias e organismos policiais melhorarem o seu combate ao crime económico.
Segundo o governador, a criminalidade financeira «mina» os fundamentos da actividade do mercado.
Vítor Constâncio revelou que, apesar dos esforços no combate à criminalidade económica, o montante de capital «duvidoso» que entra no sistema financeiro mundial atinge os 1,5 biliões de dólares (1,145 biliões de euros) por ano.