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Sócrates já teria acordado pacote de ajuda de 80 mil milhões quando apresentou o PEC IV

O jornal "Sol" aponta para um golpe de bluff do primeiro-ministro demissionário. De acordo com fontes da Comissão Europeia não reveladas, José Sócrates já teria acordado o primeiro momento de ajuda externa, no valor de 80 mil milhões de euros, na altura em que assinou o pacote de medidas de austeridade PEC IV.

Andreia Major amajor@negocios.pt 08 de Abril de 2011 às 09:50
Segundo o jornal “Sol”, quando a 11 de Março José Sócrates assinou o acordo que continha as medidas do programa de estabidade e crescimento (PEC IV), em Bruxelas, ficou também estabelecido que se iria seguir uma ajuda à República portuguesa no valor de 80 mil milhões de euros. A notícia divulgada pelo “Sol” foi recolhida através fontes não identificadas da Comissão Europeia.

O compromisso assumido entre o primeiro-ministro, o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o grupo Europeu teve início no final de Fevereiro e passou pelo encontro de 2 de Março, em Berlim, de Sócrates e Teixeira dos Santos com a chanceler alemã Ângela Merkel.


As dificuldades cada vez mais notáveis de Portugal em se financiar, nomeadamente da Banca, devido às altas taxas de juro, tornaram a antecipação do PEC IV necessária, bem como também um pacote de ajuda externa a curto prazo, que segundo o “Sol” foi acordado na mesma altura em que Sócrates assumiu o compromisso de trazer o pacote de medidas de austeridade para Portugal.

Jean-Claude Juncker, Presidente do Eurogrupo, confirmou, dias depois, que considerava “apropriado um resgate a Portugal, num valor próximo dos 75 mil milhões de euros”.

A notícia do jornal “Sol” revela que quando José Sócrates informou o País das medidas do PEC IV, já estaria à espera que o plano fosse vetado pela oposição, com destaque para o PSD. Como o pedido de ajuda externa já estaria acordado, a demissão do primeiro-ministro não iria prejudicar o País, no entanto ira abalar a imagem dos adversários. Estes seriam apontados como irresponsáveis por não pensarem nos interesses nacionais e responsáveis pelo pedido de ajuda externa de Portugal.

Devido ao aumento das “yields” em todos os prazos, após a queda do Governo, o Executivo e o PS culpabilizou os partidos da oposição, principalmente o PSD, pela deterioração da situação financeira do País e responsabilizados por um eventual pedido de ajuda externa antecipado.
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