Notícia
Weber contra compra de dívida pelo fundo europeu
O ainda presidente do banco central alemão rejeita liminarmente a proposta, apoiada por Portugal entre muitos outros, de permitir que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) possa comprar dívida dos países sob maior pressão dos mercados.
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“Primeiro, e antes de tudo, cabe a cada Estado-membro consolidar os seus Orçamentos públicos e dar início a reformas económicas abrangentes. A assistência financeira (através do FEEF ou dos expedientes que o vierem a suceder) é apenas um suplemento para comprar algum tempo e suavizar o processo”, insiste. O presidente do Bundesbank – que surpreendeu tudo e todos ao anunciar há duas semanas a sua intenção de abdicar do cargo, reduzindo praticamente a pó as chances de ser o sucessor, a partir de Outubro, de Jean-Claude Trichet na presidência do Banco Central Europeu (BCE) – diz acreditar que o euro pode sair “mais forte e resistente” da crise.
Weber versus Teixeira

"Eu creio que é muito importante a possibilidade de intervenção [do FEEF] no mercado da dívida, quer no domínio do chamado mercado primário, quer mercado secundário, bem como a possibilidade de efectuar operações de empréstimo aos Estados-membros", afirmou Teixeira dos Santos.
Relativamente aos empréstimos, Teixeira dos Santos defendeu que haja "diferentes modalidades, desde empréstimos que possam estar enquadrados num programa como aqueles que estão agora a ser utilizados para a Grécia e para a Irlanda até pura e simplesmente a abertura de linhas de crédito, à semelhança, por exemplo, do que o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz, só que neste caso seria um instrumento europeu e com condições de financiamento não tão onerosas como aquelas que estão a ser praticadas actualmente".