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Merkel: Bancos a salvar-se a si próprios é o modelo "correcto"
Chanceler alemã considera que a insolvência de Chipre foi evitada e que a solução encontrada para a reestruturação da banca é a correcta na medida em que não compromete os contribuintes. São os bancos que têm de “salvar-se a si próprios”.
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A chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se nesta segunda-feira, 25 de Março, agradada com a solução acordada para resgatar Chipre e reestruturar a sua banca.
“Sempre dissemos que não queríamos contribuintes a salvar bancos, mas antes bancos a salvar-se a si próprios. Será esse o caso em Chipre”, disse. “Este resultado é o correcto: põe o essencial da responsabilidade sobre os que causaram estes desenvolvimentos errados. É assim que deve ser”, acrescentou, citada pela Bloomberg.
Angela Merkel garantiu ainda que Chipre “pode contar com a solidariedade dos outros países europeus”. “Vamos apoiar (o país) a suportar as suas dificuldades ao longo dos anos vindouros”. Esse apoio, acrescentou, estará condicionado ao cumprimento de exigências, como tem sido o caso noutros países do euro intervencionados.
Accionistas, obrigacionistas e depositantes com contas acima de 100 mil euros vão ser chamados a pagar a reestruturação da banca cipriota, que passará pelo encerramento do Laiki, o segundo maior banco, e por saneamento e recapitalização, suportada também pelos depositantes, da maior instituição financeira do país, o Bank of Cyprus.
Empréstimo europeu de 10 mil milhões destinar-se-á a financiar o Estado cipriota. Condicionalidade ainda tem de ser negociada no detalhe, mas passará por privatizações e subida da taxa do IRC de 10% para, pelo menos, 12,5%. A primeira tranche do empréstimo - que deverá contar com uma contribuição de fundos do FMI, relativamente pequena –deverá ser desembolsada em Maio.