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Jerónimo de Sousa: "Este caminho que está a ser seguido não vai dar a lado nenhum"
O líder do PCP focou-se na comparação de Portugal com a Grécia na reunião com o primeiro-ministro, considerando que o País não tem condições para pagar a dívida actual nas condições que estão determinadas. E sublinhou que o caminho escolhido pelo Executivo "não vai dar a lado nenhum".
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Na Grécia chegou-se “a limites sociais insuportáveis”, em que se verifica a recessão e a pobreza do país se acentuaram “apesar de serem aplicadas medidas paulatinas”.
Assim, Jerónimo de Sousa volta a defender a renegociação da dívida, sublinhando que a Europa já o admite para a Grécia.
“Era tempo de iniciar uma renegociação de uma dívida, em que parte dela não podemos pagar. Não temos condições, tendo em conta o cenário que temos pela frente.”
O líder do PCP defende que é preciso “ir por outro caminho. Precisamos de criar mais riqueza para resolver o problema do défice e da dívida.”
Quanto às declarações de Cavaco Silva, Jerónimo de Sousa diz ter ficado “mais preocupado” porque o Presidente da República, em vez de considerar os cortes nos subsídios de Natal e de férias “inaceitáveis”, defendeu um “rebaixamento dos salários de todos os sectores. A sua identificação com esta política não é um bom sinal, mas não quero fazer juízos de valor.”
“Este caminho que está a seguido não vai dar a lado nenhum”, frisou, recordando que o país regressou a uma “ditadura do défice”.