A dívida pública portuguesa sofreu com a desvalorização do euro, pelo menos no que diz respeito às regras contabilísticas estabelecidas pela União Europeia. Segundo a edição desta segunda-feira do Público, o valor da dívida sofreu, no ano passado, um impacto negativo de cerca de 2.400 milhões de euros por causa da depreciação que o euro sofreu nos mercados internacionais. O montante em dívida ao FMI foi particularmente agravado pela debilidade do euro.
89% da dívida portuguesa emitida pelo Estado usa o euro como divisa, como, por exemplo, as emissões regulares de obrigações e bilhetes do Tesouro, assim como as dívidas ao fundo e o mecanismo de estabilidade europeu. Nesse caso, o valor não é influenciado pela depreciação da moeda única.
No entanto, os restantes 11% foram emitidos noutras divisas, nomeadamente em dólares (4.382 milhões de euros) e na divisa especial do FMI, chamada Direitos Especiais de Saque, avaliada em 20.827 milhões de euros. É nesta dívida que o Estado, que tem receitas em euros, fica sujeito às flutuações do euro.
Em 2012 e 2013, como o euro ganhou "terreno" ao dólar, o valor da dívida diminuiu, mas esta tendência alterou-se em 2014 (agravamento de 2.300 milhões) e agora em 2015.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site do Negócios, efectue o seu registo gratuito.
Marketing Automation certified by E-GOI
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução na totalidade ou em parte, em qualquer tipo de suporte, sem prévia permissão por escrito da Cofina Media S.A. Consulte a Política de Privacidade Cofina.