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Receitas fiscais continuam em queda acentuada
Impostos directos caem mais que a meta para o ano. Os indirectos também caem, o que contrasta com objectivo de crescimento significativo.
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Nos impostos indirectos, que explicam 60% da receita fiscal, o cenário é ainda pior. O governo prevê um crescimento de 11,4% para o ano, um valor que compara com os -5,8% registados pela Direcção-geral do Orçamento nos primeiros três meses do ano.
No Orçamento, o Governo inscreveu um contributo de dois mil milhões de euros de receita decorrente das alterações das taxas de IVA operadas no início do ano. É isso que explica a meta de crescimento de IVA de 11,6%. Nos primeiros três meses está a cair 3,2%
O Negócios sabe que no Ministério das Finanças se espera que a liquidação trimestral de IVA em Maio possa ajudar às contas. Contudo os dados agora divulgados já incluem algum do regime mensal de IVA, o que pode indiciar resultados piores que o esperado. Algum impacto do aumento das taxas de retenção no IRS também já está nas contas. A meta para o IRS implícita no Orçamento rectificativo é de uma queda de 2,6%. Nos primeiros três meses do ano o imposto sobre o rendimento pago pelas famílias está a crescer 1,2%. Contudo, o IRC cai 27,6%.
Ao todo a receita nas Administração Central e Segurança Social está a recuar 2,4% mostra o boletim de execução, o que compara com uma meta de crescimento de 5,5% para o total das Administrações Públicas.