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Ban Ki-moon alarmado com tensão em Gaza pede "máxima contenção" às partes
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou-se "alarmado" com o aumento da tensão em Gaza e pediu a "máxima contenção" a todas as partes para evitar uma espiral de violência na região.
"A deterioração da situação (em Gaza e arredores) está a conduzir a uma espiral" de que rapidamente pode perder-se o controlo, afirmou Ban Ki-moon em conferência de imprensa na sede da ONU.
O responsável máximo das Nações Unidas disse ter dedicado a maior parte do dia a manter um "diálogo activo" com líderes mundiais e regionais sobre a situação na Faixa de Gaza, no sul de Israel e na Cisjordânia.
"Estou alarmado com a nova onda de violência (...). Gaza está por um fio", acrescentou o secretário-geral da ONU, que também sublinhou que o risco de extensão da violência "é real". "Gaza e toda a região não podem enfrentar outra guerra de grande escala", sublinhou.
Israel lançou na madrugada de terça-feira uma vasta ofensiva aérea para pôr fim aos tiros de 'rockets' disparados desde a Faixa de Gaza.
Pelo menos 53 palestinianos foram mortos desde o início da ofensiva e mais de 130 'rockets' foram disparados contra Israel, incluindo contra Jerusalém, Telavive e Haifa (norte), sem fazer vítimas.
A tensão entre Israel e as facções armadas palestinianas intensificou-se desde o desaparecimento, a 12 de Junho passado, de três jovens israelitas na Cisjordânia, cujos cadáveres foram localizados na semana passada em Hebron.
A situação agravou-se ainda mais na semana passada, com o homicídio de um palestiniano de 16 anos, cujo cadáver queimado foi encontrado num bosque de Jerusalém, crime que a Polícia considera uma possível vingança de nacionalistas judeus.
Na sua declaração, Ban condenou o lançamento de 'rockets' desde Gaza, que qualificou como "inaceitáveis", e pediu a "máxima contenção" a Israel.
Ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Ban recordou que deve "respeitar as obrigações internacionais para proteger os civis", condenando o "elevado número" de mortos entre os civis de Gaza em ataques israelitas.
Apelou também a todas as partes de tentem regressar ao cessar-fogo acordado em Novembro de 2012 e pediu aos dois lados que ponham fim aos ataques e provocações.