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Oposição venezuelana insiste em referendo em 2016, Maduro só em 2017
Maduro admite referendo em 2017. Oposição na Venezuela exige que seja ainda este ano.
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A oposição venezuelana disse este sábado que o referendo à revogação do mandado do Chefe de Estado será ainda em 2016, isto pouco depois de o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitir publicamente que poderia submeter-se à consulta popular, mas no próximo ano.
"O revogatório será este ano e ponto! Ratifico o que foi dito, o povo assinou impecavelmente!" escreveu, no Twitter, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski, em reacção às declarações do Presidente da Venezuela.
O líder da oposição frisou ainda que "em todo o caso a validação" está calendarizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu submeter-se a um referendo revogatório do seu mandado, mas apenas em 2017 e não em 2016 como pretende a oposição e se forem cumpridos os requisitos estabelecidos na lei.
"Se cumprirem com os requisitos, o referendo será no próximo ano e se não cumprirem com os requisitos não haverá referendo, aconteça o que acontecer", disse.
Nicolás Maduro falava durante o Congresso da Pátria capítulo Grande Missão Habitação Venezuela, que decorre no Poliedro de Caracas.
A oposição venezuelana validou 1,3 milhão de assinaturas junto do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), superior às 200 mil exigidas pelo órgão. Essas assinaturas têm de ser confirmadas pelos eleitores. Iniciando-se outra etapa no processo. Uma vez validadas estas assinaturas, com as respectivas impressões digitais, a oposição tem de recolher e validar as assinaturas de 20% dos eleitores.
A oposição quer realizar o "referendo revogatório" ainda em 2016 e tem acusado o CNE de atrasar a calendarização das diferentes etapas do processo.