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Larry Summers retira-se da corrida à presidência da Fed
Parece estar assim aberto o caminho para que o banco central mais poderoso do mundo, pela primeira vez, venha a ser liderado por uma mulher: Janet Yellen.
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O ex-principal conselheiro económico do Presidente norte-americano Barack Obama, Larry Summers, retirou-se da corrida à Presidência da Reserva Federal, o banco central dos Estados Unidos da América (EUA), avança hoje o diário Wall Street Journal.
O jornal refere uma carta de Larry Summers para o presidente Obama, em que este cita a possibilidade de um processo de confirmação "amargo", caso ele fosse apontado, como a razão para se afastar.
Obama já fez saber que vai anunciar a sua escolha durante o outono, pelo que pode ocorrer a qualquer momento.
“Falei hoje com Larry Summers e aceitei a sua decisão de retirar o seu nome à consideração para presidente da Reserva Federal”, refere um comunicado de Obama.
Na carta que dirige ao presidente dos Estados Unidos, Summers diz ter concluindo que “qualquer processo de confirmação [como presidente da Fed] seria para mim acrimonioso e não serviria os interesses da Reserva Federal, o Governo ou, em último caso, os interesses da recuperação económica que está em curso”.
Summers surgia como o principal candidato, mas tinha recentemente sido alvo de contestação. Cerca de 20 senadores democratas tinham endereçado uma carta a Obama, apelando a que o presidente dos Estados Unidos escolhesse Janet Yellen para liderar a Fed. Parece estar assim aberto o caminho que o banco central mais poderoso do mundo, pela primeira vez, venha a ser liderado por uma mulher.
A nomeação presidencial do presidente da Fed, que tem um mandato de quatro anos, requer a aprovação do congresso.
Com o poder de determinar as taxas de juro da maior economia mundial, que pode influenciar as outras economias, o presidente da Fed é considerado com frequência o segundo líder mais poderoso dos EUA.
O actual presidente da Fed, Bernanke, de 59 anos, foi escolhido pelo Presidente republicano George W. Bush para suceder a Alan Greenspan em 2006 e conduziu a economia através da recessão de 2007-2009. O seu segundo mandato de quatro anos termina em 31 de janeiro.