No início da sua intervenção, o ex-secretário de Estado entendeu reafirmar que não quer disputar a liderança de António José Seguro. “Para que não haja qualquer dúvida, queria dizer que estamos ao lado do PS e ao lado do secretário-geral nesta batalha e luta por acabar com esta política de austeridade, e substituir esta governação por outra que aposte no crescimento e emprego”, afiançou.

Contudo, “é tempo de mudar também a forma como os partidos olham para a sociedade. Os cidadãos hoje desconfiam dos partidos e dos políticos”. Por isso, para “olhar para as pessoas, mas também para esta desconfiança que as pessoas têm em relação aos partidos”, o grupo de 45 deputados apresentou um conjunto de “propostas concretas”, para que” as pessoas possam assumir um papel mais activo, e poderem apresentar moções”.

As propostas representam a génese do PS, de acordo com João Tiago Silveira. “É o partido q deve lutar em primeiro lugar pela ligação” à sociedade. “Devemos liderar esta luta. Perdemos uma primeira boa oportunidade de fazer este debate neste congresso, mas queria dizer que foi apenas uma primeira oportunidade e já estamos a discutir estas medidas neste congresso”, destacou, notando que “as pessoas lá fora sabem que há no PS uma preocupação com a falta de confiança das pessoas nos partidos”.

“Não ficaremos por aqui. As pessoas hoje sabem que este debate não acaba por aqui, pelo contrário, isto é mesmo só o início. Um PS com esta preocupação presente é um PS melhor no futuro”, finalizou, recolhendo um aplauso tímido da audiência.