"Quando queremos projectar uma discussão que se vai reflectir na vida do país nas próximas décadas mal seria que não houvesse espaço para todos discutirmos. Para discutirmos dentro da coligação, para discutirmos com os partidos da oposição, com os parceiros sociais com a sociedade", disse Luís Montenegro.

O deputado respondia a perguntas dos jornalistas, no Parlamento, sobre eventuais divergências no seio da maioria por causa do relatório do FMI com propostas para corte na despesa pública.

"A discussão é isso mesmo. Agora, o que é importante hoje não é estar a querer identificar um ponto em que estamos em divergência. Haverá alguns seguramente e teremos tempo e oportunidade, até nos trabalhos desta comissão [parlamentar para debater a reforma do Estado que PSD e CDS querem criar] para dirimir essas matérias", acrescentou.

"Aquilo que é importante como ponto de partida é que todos mostrem a sua disponibilidade e sejam consequentes com ela para poder evidentemente aprofundar, discutir e depois decidir. Eu tenho uma certeza: nós discutiremos muito como sempre fazemos dentro da coligação mas quando decidirmos, decidiremos de forma coesa e de forma determinada e é isso que o país espera de nós. É isso que também deveria esperar e espera do principal partido da oposição, mas não é isso que tem acontecido", concluiu.